O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

2

2 PREVISÕES DO MINISTÉRIO DAS FINANÇAS

Cenário Macroeconómico subjacente à Proposta de Orçamento do Estado para 2018

O cenário macroeconómico da POE/2018 prevê um crescimento robusto para economia nacional

no horizonte de previsão, revendo em alta as previsões subjacentes ao PE/2017-2021. No atual

cenário, o MF prevê que 2017 se caraterize por uma aceleração substancial do crescimento do PIB,

com a taxa de variação real (2,6%) a aumentar 1,1 p.p. face a 2016. A procura interna constitui o

motor desta aceleração, aumentando o seu contributo em 1,1 p.p. face ao valor registado em 2016

(1,6 p.p.). Esta evolução alicerça-se sobretudo na aceleração expressiva da Formação Bruta de

Capital Fixo (FBCF), cuja taxa de variação real passa de 1,6% em 2016 para 7,7% em 2017, ainda

que beneficie também de uma ligeira aceleração do crescimento do consumo privado (de 2,1%

para 2,2%). Em contrapartida, o MF antecipa que no que respeita ao consumo público o

crescimento real de 0,6% em 2016 dê lugar a uma ligeira contração (-0,2%) em 2017. As

exportações líquidas mantêm o contributo negativo já registado em 2016 (-0,1 p.p.), prevendo-se

acelerações de magnitude semelhante nas exportações (de 4,1% para 8,3%) e nas importações (de

4,1% para 8,0%).

Para 2018 o MF prevê um abrandamento da economia, antecipando um crescimento do PIB real

de 2,2%. O comportamento da procura interna é, uma vez mais, o fator determinante nesta

evolução, prevendo o MF uma diminuição de 0,5 p.p. no contributo da procura interna face a 2017

(2,2 p.p. em 2018). Esta diminuição reflete a desaceleração da FBCF e do consumo privado, cujas

taxas de variação abrandam para 5,9% e 1,9%, respetivamente, e também o aprofundamento da

contração no consumo público, passando a taxa de variação para -0,6% em 2018. De acordo com

o atual cenário, em 2018 o contributo da procura externa para a variação real do PIB é nulo,

traduzindo um aumento de 0,1 p.p. face a 2017. Tal como no primeiro ano do exercício de previsão,

o MF antecipa em 2018 evoluções semelhantes para a taxa de variação real das exportações e das

importações, esperando uma desaceleração de 8,3% para 5,4% no caso das exportações, e uma

desaceleração de 8,0% para 5,2% no caso das importações.

No que respeita à evolução dos preços, o MF antecipa uma estabilização do deflator do PIB,

mantendo-se o ritmo de crescimento próximo do registado em 2016 (1,4%).Em 2017, este

comportamento reflete essencialmente a conjugação de acelerações do crescimento nos

deflatores do consumo privado (de 1,0% para 1,3%), FBCF (de 0,2% para 1,2%) e exportações

(de -2,2% para 3,3%) com um aumento substancial na taxa de variação do deflator das importações

(de -3,1% para 3,9%). Em 2018, o comportamento do deflator do PIB reflete essencialmente o

equilíbrio entre o efeito dos abrandamentos previstos para o deflator do consumo público (de

1,6% para 1,2%) e exportações (de 3,3% para 1,0%) e o efeito do abrandamento do deflator das

importações (de 3,9% para 1,0%). A evolução do deflator do consumo privado apresenta uma

evolução globalmente coerente com a prevista para o Índice Harmonizado de Preços no

Consumidor (IHPC), o qual acelera de modo mais expressivo em 2017 para 1,2%.

O atual cenário do MF contempla variações nominais do PIB de 3,9% em 2017 e 3,6% em 2018. Em

2017, a aceleração do crescimento do PIB nominal (face a 3,0% em 2016) resulta da forte aceleração

do PIB em termos reais, dado o crescimento marginalmente inferior previsto para o deflator

2 DE NOVEMBRO DE 2017_____________________________________________________________________________________________________________

333