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balança corrente, nomeadamente da balança de rendimentos primários e transferências, os quais

se deterioram ligeiramente em 2017 (para -0,1% do PIB e -1,0% do PIB, respetivamente) e

recuperam em 2018 para valores iguais aos registados em 2016. Em 2017 a balança de bens e

serviços permanece inalterada face a 2016 (0,9% do PIB), exibindo um pequeno incremento para

1,0% em 2018. O saldo da balança de capital permanece constante em 0,9% do PIB em todo o

horizonte de previsão.

O cenário subjacente à POE/2018 aponta para uma aceleração continuada do PIB potencial,

antevendo o MF que a taxa de variação do PIB potencial acelere para 1,3% em 2017 e 1,6% em

2018. O hiato do produto exibe igualmente uma evolução gradual, tornando-se positivo (0,4% do

PIB potencial em 2017 e 1,0% em 2018), depois de ter atingido -0,9% em 2016.

As hipóteses externas assumidas para a economia portuguesa têm um impacto globalmente

positivo no cenário macroeconómico em análise. O MF prevê uma aceleração significativa da

procura externa para um crescimento de 4,9% em 2017 (+2,9 p.p. que em 2016), implicando uma

melhoria do contexto que enquadra as exportações portuguesas, seguida de um abrandamento

em 2018 para 4,0%. Para a taxa de juro de curto prazo (Euribor a três meses) o atual cenário prevê

a manutenção de um valor negativo (-0,3%) em todo o período em análise. A apreciação prevista

para a taxa de câmbio do euro face ao dólar, avançando de 1,11 em 2016 para 1,18 em 2018,

exerce potencialmente um efeito adverso sobre as exportações nacionais, mas atenua os efeitos

negativos do aumento previsto para o preço do petróleo nos mercados internacionais,

antecipando o MF que o preço médio do barril de Brent aumente para 53,5 dólares em 2017 e

54,8 dólares em 2018.

Conciliação com previsões anteriores do MF

Nesta secção compara-se o cenário apresentado na POE/2018 com as previsões anteriores do MF,

nomeadamente as subjacentes ao PE/2017-2021 e ao OE/2017.

O MF revê em alta o crescimento esperado do PIB em volume para 2017 (2,6%) face ao cenário

apresentado no PE/2017-2021 (+0,8 p.p.) e ao cenário do OE/2017 (+1,2 p.p.). Para o consumo

privado observa-se uma correção da trajetória esperada em 2017 (crescimento de 2,2%),

substituindo a desaceleração dos cenários anteriores (de -0,7 p.p. para 1,6% no caso do

PE/2017-2021; e de -0,5 p.p. para 1,5% no caso do OE/2017) por uma aceleração de 0,1 p.p.. No

caso do consumo público a variação estimada para o ano (-0,2%) continua negativa mas de

magnitude inferior à esperada anteriormente (revisão de +0,8 p.p. face ao PE/2017-2021 e +1,0 p.p.

face ao OE/2017). Os crescimentos esperados para a FBCF (7,7%) e para as exportações (8,3%) são

os que sofrem uma revisão em alta mais significativa face aos cenários anteriores, respetivamente

em +2,9 p.p. e +3,7 p.p. face ao PE/2017-2021 e em +4,6 p.p. e +4,0 p.p. face ao OE/2017. Deste

modo, a atual previsão antecipa um contributo positivo da procura interna (+2,7 p.p.) mais

expressivo que o anteriormente previsto (+1,7 p.p. no PE/2017-2021 e +1,3 p.p. no OE/2017),

enquanto estima que as exportações líquidas passem a registar um contributo negativo (-0,1 p.p.),

invertendo os contributos positivos apresentados anteriormente (+0,1 p.p. no PE/2017-2021 e

+0,2 p.p. no OE/2017).

2 DE NOVEMBRO DE 2017_____________________________________________________________________________________________________________

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