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II SÉRIE-A — NÚMERO 155 48

Terminado um extenso ciclo de construção da infraestrutura rodoviária, designadamente a de altas

prestações, as prioridades poderão agora jogar-se ao nível da manutenção e conservação das extensas

redes de diferentes níveis hierárquicos (com uma redução dos níveis de sinistralidade rodoviária). Haverá

também que articular ligações locais que ainda faltam, quer as que visam potenciar a atividade económica, quer

as que garantam igualdade de oportunidades no acesso ao emprego, serviços e equipamentos. A

descarbonização dos transportes (veículos elétricos), a economia de partilha, os veículos autónomos e novas

formas de prestação de serviços irão mudar a mobilidade de pessoas e mercadorias. Estas transformações em

curso na mobilidade poderão trazer ganhos de eficiência ao modo rodoviário, mas não eliminarão as

externalidades do transporte individual, em particular nos que respeita ao congestionamento e consumo de

espaço urbano. Neste contexto, é necessário reforçar e expandir a rede de carregamento de veículos elétricos

e continuará a prosseguir políticas que promovam a melhoria de eficiência em todos os modos, mas que

diminuam a taxa de utilização automóvel.

No transporte de passageiros há um desequilíbrio da repartição modal, com excessiva dependência

dos cidadãos relativamente ao transporte automóvel individual, o que dificulta progressos significativos na

evolução do padrão de mobilidade, com custos ambientais e energéticos e implicações em matéria de saúde

pública e sinistralidade rodoviária. Nos arcos metropolitanos de Lisboa e do Porto há espaço de progressão para

o desenvolvimento das infraestruturas e dos serviços de passageiros em transporte coletivo em canal dedicado,

promovendo o policentrismo e o papel das cidades na rede urbana nacional. Nas áreas metropolitanas, os

sistemas de metro e elétrico existentes também poderão ser incrementados, densificando a oferta nos núcleos

centrais de maior compacidade. A intermodalidade e a multimodalidade são muito importantes nos âmbitos

metropolitanos para o transporte de passageiros e mercadorias. As cidades precisam de apostar na organização

da oferta de transportes coletivos rodoviários, regular e flexível (mais personalizada). O espaço urbano está

sobrerodoviarizado, impedindo a multimodalidade e perpetuando as situações de congestionamento, ainda que

venha a ser diminuído pelos impactos tecnológicos. É estratégico melhorar o desempenho ambiental dos

transportes e acelerar os programas urbanos e interurbanos de curta distância com relevância para a

articulação entre os modos suaves, o transporte público rodoviário de passageiros (incluindo o transporte

flexível) e os serviços partilhados (táxi coletivo, van, car e bike-sharing). Neste âmbito, é de grande importância

os principais centros urbanos reforçarem a aposta na pedonalização dos espaços urbanos centrais.

4.3. Dinamizar as redes digitais

Rede mundial de cabos submarinos de fibra ótica (2017)

Fonte dos dados: TeleGeography (2017)