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II SÉRIE-A — NÚMERO 50

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– Empresa Industrial de Negrelos (Aves) em 1920: fábrica de tecidos, moagens e engenho de serração

com duas novas rodas hídricas;

– Empresa Fabril do Lordelo, em 1921: aprovação do licenciamento para a construção desta fábrica de

tecidos com rodas hidráulicas, na margem direita do rio Vizela;

– Empresa Industrial de Santo Tirso, Lda. (Santo Tirso): processo de modernização em 1952, com a

construção de novos armazéns junto à margem do ribeiro de Sanguinhedo;

– Empresa Fabril Tirsense (Santo Tirso) em 1968: obras de ampliação com poços em profundidade para

colocação de colunas no Rio Ave e, assim, ampliar o edifício principal;

– Ribeiro e Reis, Lda. (São Martinho, Santo Tirso) em 1964: construção de um armazém de desperdícios

de algodão, suspenso por pegões sobre a margem esquerda do ribeiro de Paradela (Ave);

– Empresa Industrial do Campo (ribeiro de Fundelho, Vizela – São Martinho do Campo, Santo Tirso) em

1927 transforma um antigo engenho de lagar de azeite e parte de uns antigos moinhos por uma produção de

serração. Só em 1940 é que legaliza o edifício com as alterações já realizadas;

– Fábrica de Tecidos da Ponte de Negrelos em 1928 inicia a sua atividade, sendo uma das primeiras

unidades fabris a funcionar a carvão no ramo têxtil.

– Fábrica de Fiação e Tecidos de Fafe (anteriormente denominada de Fábrica do ferro) em 1987, composta

pelo edifício fabril e ainda uma creche, uma cantina e um lactário. Atualmente, é o Museu Regional da

Eletricidade.

O crescimento da indústria no Vale do Ave tem características muito particulares, nomeadamente as que

se relacionam com a própria contingência económica que ora permitiu ora impossibilitou uma aproximação à

realidade da industrialização de outros territórios nacionais e europeus. Apesar do desenvolvimento

económico, tudo aconteceu sempre numa lógica condicionada. As limitações eram objetivas (exemplo disso foi

a limitação ou mesmo proibição de aquisição de novas máquinas) criou uma «arte do engenho» com técnicos

que fizeram perdurar o tempo de vida da maquinaria mais do que o habitual. Esta relação dialética entre a

Ciência e a Tecnologia foi sempre o motor deste crescimento urbanisticamente desorganizado e

industrialmente atrasado. «A tecnologia não deriva necessariamente da ciência, antes a precedeu muitas

z ê (…) S

aceitação social, a tecnologia é determinada, em suma, pelas conjunturas do mercado e pela economia de

processos.»6 É dessa evolução tecnológica partilhada – apesar de distinta de fábrica para fábrica – que surge

uma nova identidade cultural, tendencialmente universalista do ponto de vista classista e do modelo

económico.

O Vale do Ave é, por isso, um caldeirão de contradições de classe, onde o avanço do capitalismo industrial

promove, por isso mesmo, as condições objetivas para o aparecimento de um movimento sindical forte e

organizado, dada a consciência social de um setor social que se viu obrigado a mudar do campo para a cidade

sem sair do seu território. A economia de subsistência era hoje engolida pelos complexos industriais que

padronizavam estilos de vida. Um verdadeiro laboratório de experiências sociais.

O Roteiro Industrial do Ave

Em 2002, foi criada a ADRAVE – Agência de Desenvolvimento Regional do Vale do Ave. O seu site na

internet7 está desativado, o que impossibilita uma pesquisa mais detalhada sobre os projetos então levados a

cabo. Porém, é possível, através de documentos oficiais e alguns artigos científicos8, encontrar os principais

objetivos e missão para os quais esta entidade foi criada:

– caracterizar, como um todo, na sua unidade e diversidade, a indústria do Vale do Ave numa perspetiva

histórica, sociológica, antropológica e arquitetónica;

– criar um percurso de visita aos testemunhos do que de mais interessante os homens e as máquinas aqui

6 Fernando Alves, Jorge. Património industrial, educação e investigação – a propósito da Rota do Património Industrial do Vale do Ave.

2003 7 www.rotanoave.com

8 Da Silva Costa, Francisco. O Património Industrial no Vale do Ave: o Têxtil como Chave de Leitura Territorial. P.364 e 365

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