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II SÉRIE-A — NÚMERO 160

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De entre os mais ilustres boliqueimenses destacam-se:

• Aníbal Cavaco e Silva (Primeiro-Ministro de 1985 a 1995 e Presidente da República de 2006 a 2015)

• Lídia Jorge (professora, escritora e atual Conselheira de Estado)

• Guilherme d´Oliveira Martins (que foi Deputado e Ministro e que exerceu funções de Presidente do Tribunal

de Contas, Presidente do Centro Nacional da Cultura, sendo atualmente administrador da Fundação

Calouste Gulbenkian)

• Maria Aliete Galhoz (professora, poetisa e ensaísta)

• Carminda Cavaco (professora universitária – investigadora)

• João Batista dos Ramos Faísca (médico em Boliqueime durante mais de 30 anos e Vice-Presidente da

Câmara Municipal de Loulé nos anos de 1932 e 1933)

• José Ruivinho Brazão (professor e investigador)

• Eduardo António Brazão Gonçalves (professor e investigador)

• António Cavaco Silva (escritor e artista plástico)

• Joaquim da Ponte (que foi Governador Civil do Algarve entre 1915 e 1917)

• Padre João Coelho Cabanita (que para além de pároco foi um importante investigador da história local,

tendo feito parte da Comissão Municipal de Arte e Arqueologia)

• Padre Sebastião Costa (natural de Tavira, mas pároco em Boliqueime durante mais de 30 anos e grande

impulsionador da criação da Santa Casa da Misericórdia de Boliqueime)

• Vítor Tenazinha (o mais famoso ciclista algarvio nas décadas de 60 e 70).

4. Património e cultura

4.1. O edificado

De entre o património edificado mais relevante merecem particular destaque o religioso, mais concretamente

as igrejas de Boliqueime e de S. Faustino. Mais recentemente foi construída a capela da Santa Casa da

Misericórdia de Boliqueime que também se apresenta com um estilo arquitetónico a considerar.

Mas é no domínio da arquitetura da casa algarvia, com as tradicionais platibandas e chaminés, que

encontramos alguns dos elementos mais característicos desta freguesia. A platibanda é uma espécie de moldura

horizontal colocada ao longo de toda a parte superior da parede principal do edifício, com a função de esconder

o telhado. Estas platibandas são trabalhadas, umas das quais constituindo verdadeiras obras de arte, com

diversos motivos de relevo e cores sobressaindo, ainda assim, os ocres vermelho, amarelo e azul.

Quanto às tradicionais chaminés algarvias, elemento existente em número significativo na freguesia de

Boliqueime, bem, aliás, como em todo o barrocal algarvio, são merecedoras de uma atenção especial, não

apenas porque representam uma arte praticamente em vias de extinção (atualmente as chaminés são feitas em

série, através de moldes industriais), mas porque muitas delas apresentam-se imponentes, altaneiras e de uma

beleza invulgar, com rendilhados e com remates para escoamento do fumo e para a entrada de ar, de diferentes

formas e cores, muitas das quais com dispositivos que permitem visualizar a orientação dos ventos, uma vez

que tal aspeto era essencial para as práticas agrícolas.

4.2. As tradições e os elementos culturais mais significativos

Em Boliqueime mantêm-se ainda vivas algumas tradições, festas ou festejos, tais como: as feiras de 4 de

agosto e 17 de outubro; a festa em honra de Nossa Senhora das Dores e São Sebastião, em setembro; e a festa

de São Faustino, no Domingo de Pascoela.

No âmbito dos eventos salientam-se as festas populares de Boliqueime, de características marcadamente

etnográficas, as quais ocorrem, anualmente, na primeira semana de julho, no átrio da igreja e que constituem

motivo suficiente para atraírem uma verdadeira multidão à aldeia, para apreciarem a riqueza de algumas das

manifestações tradicionais do povo boliqueimense.

No domínio do artesanato, assinale-se o facto de Boliqueime manter viva a arte de trabalhar a empreita da