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II SÉRIE-A — NÚMERO 160

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mais de 70 as nacionalidades presentes em Almancil, facto que lhe confere uma dimensão de urbe

verdadeiramente assinalável no plano nacional e que tem, por outro lado, permitido que a sua afirmação no

plano internacional como um território aprazível, seguro e onde é bom viver.

Quanto ao número atual de eleitores, segundo os dados publicados no Mapa n.º 1/2021, do Ministério da

Administração Interna, publicado no Diário da República, 2.ª série, de 1 de março de 2021, verifica-se que a

freguesia tem cerca de 8025 eleitores nacionais, a que acrescem 300 cidadãos da União Europeia e 175

cidadãos de outros países.

Mas a grande maioria de cidadãos estrangeiros residentes em Almancil não está recenseada, facto que

não nos permite saber, com rigor, qual é efetivamente o número total de habitantes na freguesia. Todavia,

pelos dados disponibilizados nos mais recentes relatórios de gestão das empresas municipais Infraquinta e

Infralobo, podemos estimar que vivem de forma permanente na freguesia mais de 5000 pessoas não

recenseadas.

1.2. A vila de Almancil

A vila de Almancil é a sede da freguesia, situando-se ao longo da EN125, numa extensão de cerca de 2,7

km no sentido horizontal e praticamente igual extensão no sentido Norte/Sul, desde Vale Formoso ao

Figueiral. O perímetro urbano da vila de Almancil assemelha-se a uma disposição em círculo com uma área

aproximada de 7 km2 onde residem, neste aglomerado contínuo, mais de 8500 pessoas em permanência.

É também atravessada no sentido longitudinal (Nascente-Poente) pela via longitudinal do Algarve,

conhecida pela Via do Infante e pela via-férrea, tendo uma estação no Esteval, a cerca de 2 km do retail do

IKEA.

A vila está a cerca de 14 km doAeroporto Internacional do Algarve, a cerca de 6 km a sul da cidade de

Loulé, também a 6 km a Nordeste da cidade de Quarteira e a 10 km a poente da cidade de Faro.

A partir da década de 70 do século passado acentuou-se o fluxo turístico para o algarve tendo

transformado por completo o litoral na procura dos magníficos areais e das belíssimas praias que existiam

um pouco por todo o lado. Devido a esse «boom» turístico, a vila de Almancil cresceu rapidamente e de

forma significativa tendo adquirido o estatuto de vila através da aprovação do Projeto de Lei n.º 3/V, aprovado

a 18 de dezembro de 1987 e publicado através da Lei n.º 10/88, de 1 de fevereiro, cujo nome de Almansil foi

retificado para Almancil através da Declaração de Retificação publicada no dia 1 de março do mesmo ano.

É uma vila com um dinamismo económico assinalável, cosmopolita, com um conjunto de infraestruturas

fundamentais para a atividade económica e financeira, de que as instituições bancárias são a parte mais

visível uma vez que Almancil detém, ao nível de todo o país, o maior rácio de instituições bancárias per

capita.

2. Apontamentos históricos

2.1. Origem do termo Almancil

A origem do topónimo Almancil não é consensual. Na opinião de Ataíde de Oliveira1 o topónimo Almancil

está relacionado com o termo árabe «almançal», que significa hospedaria/estalagem. Para a investigadora

Isilda Martins 2, o termo al-mancil designaria «casa grande», mas o filólogo e professor José Pedro Machado3

indica que este termo significa «corrente de água» ou «leito de curso de água». No entanto, todos os autores

são unânimes relativamente à escrita do topónimo inicial: Almancil evoluiu a partir do termo árabe al-mancil.

O caráter antigo do sítio ou do local de Almancil é-nos reportado pelos investigadores João Sabóia e

Laurinda Paz, os quais assinalam que na avaliação das fazendas de 1564 são-lhe feitas várias referências

tais como: «Item Jorge Mendez d’Almancill foy avaliada sua fazenda em sasenta mil reais» ou «Item Yorge

Mendez morador em Almancil lhe titor de hum órfão d’Antonio baryga morador que foy no dito contio tem de

1 Oliveira, F. X. A. (1989). Monografia do concelho de Loulé (3.ª ed.). Vila Real de Santo António. Algarve Em Foco Editora. 2 Martins, I. (1988). Arqueologia do concelho de Loulé. Loulé: Câmara Municipal. 3 Machado, J. P. (1984). Dicionário Onomástico Etimológico da Língua Portuguesa, primeiro volume A-D. Lisboa: Editorial Confluência.