O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Análise de sensibilidade

Com o intuito de avaliar a sensibilidade dos pressupostos em que se baseia o cenário macroeconómico, analisou-se o impacto da materialização de alguns riscos externos e internos nos principais agregados macroeconómicos. Foram considerados quatros choques estilizados14, que se consubstanciam, face ao cenário central, numa variação:

• Do crescimento da procura externa em 2 pp;

• Do preço do petróleo (em USD) em 20%;

• Das taxas de juro de curto prazo em 2 pp e de médio e longo prazos em 1 pp;

• Do crescimento da procura interna em 1 pp

Variação do crescimento da procura externa Nesta simulação, uma redução do crescimento da procura externa em 2 pp em 2024 face ao projetado no cenário base teria um efeito negativo no crescimento real do PIB, originando um crescimento inferior em 0,5 pp. Este impacto resulta de um menor crescimento do consumo, do investimento e das exportações, parcialmente mitigado pela redução das importações. Neste cenário, o impacto no deflator do consumo seria residual. Como a diminuição no crescimento das exportações é superior à diminuição no crescimento das importações, o défice da balança de bens e serviços seria agravado em 0,2 pp, reduzindo a capacidade de financiamento da economia face ao exterior. No mercado de trabalho, o abrandamento da economia refletir-se-ia num agravamento da taxa de desemprego em 0,2 pp em 2024.

Gráfico 1.60. Variação do crescimento da procura externa em 2 pp

FONTE: MINISTÉRIO DAS FINANÇAS.

Variação do preço do petróleo Um cenário em que o preço do petróleo se situe 20% acima do assumido no cenário base, teria um efeito negativo de 0,1 pp no crescimento do PIB em 2024. Este efeito reflete um menor crescimento do consumo e do investimento, parcialmente mitigado pela redução no crescimento das importações. Neste cenário, o deflator do consumo privado seria mais elevado por via do aumento do deflator das importações e, em menor escala, das demais componentes por via do seu conteúdo importado. Considerando o peso dos bens energéticos derivados do petróleo nas importações, este choque originaria uma deterioração da balança comercial e, consequentemente, da capacidade de financiamento da economia

14 Os gráficos apresentados ilustram os efeitos dos choques descritos, bem como os efeitos dos respetivos choques simétricos.

-1,0

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

2022 2023 2024

Saldo da Balança Corrente e de Capital

menos 2 p.p. mais 2 p.p. Cenário base

0,0

1,0

2,0

3,0

4,0

5,0

6,0

7,0

8,0

2022 2023 2024

PIB Real

menos 2 p.p. mais 2 p.p. Cenário base

5,8

6,0

6,2

6,4

6,6

6,8

7,0

7,2

2022 2023 2024

Taxa de Desemprego

menos 2 p.p. mais 2 p.p. Cenário base

0,0

4,0

8,0

12,0

16,0

20,0

2022 2023 2024

Exportações

menos 2 p.p. mais 2 p.p. Cenário base

II SÉRIE-A — NÚMERO 20 ______________________________________________________________________________________________________________

54