O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

24 DE ABRIL DE 2015

3

Membro da Comissão da Condição Feminina, Presidente da Comissão para a Igualdade e para os Direitos

das Mulheres entre 1992 e 1996, membro de várias organizações não-governamentais, entre as quais o

Movimento ‘Nós somos Igreja’, consultora do Fundo das Nações Unidas para a População, colaboradora de

Maria de Lourdes Pintassilgo e de Leonor Beleza, no período em que ambas exerceram funções de Estado, Ana

Vicente ficará na nossa memória coletiva como um exemplo de dignidade e de serviço à causa pública e, em

particular, como referência incontornável do feminismo em Portugal.

Já doente, mobilizou esforços, contactando Deputados de todos os partidos para tentar dinamizar as políticas

de adoção em Portugal, em nome do direito das crianças a uma infância feliz e estruturada, numa comunidade

familiar de afetos e orientada para a autonomia e para a cidadania plena.

Ana Vicente deixou uma marca profunda em todos aqueles e aquelas que com ela tiveram o privilégio de

conviver, pela sua humanidade, inteligência e obstinada cultura de serviço às mulheres, ao País, aos mais fracos

e esquecidos, à cultura.

A Assembleia da República curva-se perante a memória de Ana Vicente e expressa aos seus familiares as

mais sentidas condolências.

Os Deputados, Sérgio Sousa Pinto (PS) — Hortense Martins (PS) — Filipe Neto Brandão (PS) — Elza Pais

(PS) — Helena Pinto (BE) — António Cardoso (PS) — Pedro Delgado Alves (PS) — Glória Araújo (PS) — Rosa

Maria Bastos Albernaz (PS) — Bravo Nico (PS) — Sandra Pontedeira (PS) — Idália Salvador Serrão (PS) —

Jorge Fão (PS) — José Magalhães (PS) — Jorge Lacão (PS) — Rui Paulo Figueiredo (PS) — Pedro Farmhouse

(PS) — Catarina Marcelino (PS) — Sónia Fertuzinhos (PS) — Ramos Preto (PS) — João Galamba (PS) — João

Soares (PS) — Sandra Cardoso (PS) — Paulo Pisco (PS) — Ivo Oliveira (PS) — Miguel Freitas (PS) — Fernando

Jesus (PS) — Isabel Alves Moreira (PS) — Celeste Correia (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Nuno Sá (PS) —

Maria de Belém Roseira (PS) — Laurentino Dias (PS) — Luísa Salgueiro (PS) — Miguel Laranjeiro (PS) —

Agostinho Santa (PS) — Manuel Mota (PS) — Miguel Coelho (PS) — Jorge Rodrigues Pereira (PS) — Odete

João (PS) — Carlos Enes (PS) — Alberto Costa (PS).

———

VOTO N.º 273/XII (4.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DO INVESTIGADOR E EX-MINISTRO MARIANO GAGO

José Mariano Rebelo Pires Gago nasceu em Lisboa, a 16 de maio de 1948, tendo, desde cedo, traçado um

percurso académico, político e social de excelência e de referência.

Licenciado em Engenharia Eletrotécnica pelo Instituto Superior Técnico da Universidade Técnica de Lisboa,

em 1971, foi naquela instituição que deu também os primeiros passos de uma vida de dedicação cívica e

intervenção política, tendo presidido à direção da Associação de Estudantes em 1969/70 e desenvolvido intensa

ação de ativismo contra a ditadura do Estado Novo, que o acabaria por levar ao exílio na Suíça.

Bolseiro do Instituto de Alta Cultura, no Laboratório de Física Nuclear e de Altas Energias da École

Polytechnique, de 1971 a 1976, José Mariano Gago prosseguiu os seus estudos na Faculdade de Ciências da

Universidade de Paris, onde se doutorou em Física em 1976, sendo posteriormente bolseiro na Organização

Europeia de Pesquisa Nuclear, de 1976 a 1978.

Agregado em Física, desde 1979, no Instituto Superior Técnico, onde se tornaria a breve trecho catedrático,

Mariano Gago marcaria doravante o panorama científico nacional, quer enquanto investigador, quer nos diversos

e multifacetados papéis que foi desempenhando no setor: foi presidente da Junta Nacional de Investigação

Científica e Tecnológica (que antecedeu a atual FCT), entre 1986 e 1989, foi fundador e presidente do

Laboratório de Instrumentação e Física Experimental de Partículas, em Lisboa, dinamizou, em 1987, as

primeiras Jornadas Nacionais de Investigação Científica e viria a assumir funções governativas entre 1995 e