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II SÉRIE-B — NÚMERO 5

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tem sido realizada sem qualquer tipo da avaliação ambiental, que seja do conhecimento público, e todo o

processo tem sido conduzido de forma que não se nos afigura transparente, não nos tendo sido fornecidas as

informações já requeridas em matéria ambiental.

Vemos com muita apreensão o futuro do Algarve tendo em conta os possíveis impactos que uma medida

destas pode ter numa região com uma elevada dependência do turismo e do mar, com uma elevadíssima

biodiversidade, sendo mais de 35% do seu território protegido por convenções e legislação da União Europeia

e de Portugal.

Salientamos alguns dos principais impactos nocivos que esta atividade poderá trazer para o Algarve:

• ocasionados pela incompatibilidade entre uma região de turismo que se quer de excelência e a exploração

de petróleo e gás;

• resultantes de um aumento da intensidade e frequência da atividade sísmica numa região onde não se pode

ignorar o elevado risco sísmico e a possibilidade de ser atingida por um tsunami;

• provenientes de um possível acidente, tanto na fase de prospeção como na fase de exploração ou no

transporte de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural), originando graves problemas ambientais e sociais com

as perdas de recursos que um derrame acidental de petróleo e/ou gás traria para as atividades dependentes do

mar.

Os referidos impactos terão consequências na saúde, na degradação da qualidade de vida das populações

e na fauna e flora marinhas.

Os abaixo assinados e diversas entidades e numerosas pessoas opõem-se a estes projetos de prospeção e

exploração de hidrocarbonetos (petróleo e gás natural) pela ameaça que representam para as populações e

também porque assenta num modelo energético ultrapassado, que agrava as alterações climáticas.

Este projeto não é defensável nem sequer do ponto de vista económico, já que as contrapartidas financeiras

para o Estado português são irrisórias.

Desta forma, ao abrigo das competências constitucionais, legais e regulamentares que cabem à Assembleia

da República e ao Sr. Presidente da AR, requerer-se a sua intervenção urgente, para não permitir a prospeção

e a exploração de petróleo e gás.

Data de Entrada na AR: 17 de novembro de 2015.

O primeiro subscritor, Plataforma Algarve Livre de Petróleo (PALP).

Nota: — Desta petição foram subscritores 7416 cidadãos.

A DIVISÃO DE REDAÇÃO E APOIO AUDIOVISUAL.