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II SÉRIE-B — NÚMERO 49

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António Arnaut sempre entendeu a igualdade de oportunidades como condição essencial ao exercício da

liberdade. O Estado social e democrático que hoje somos teve nele um promotor visionário e um defensor

exigente.

Entre 2002 e 2005, foi Grão-Mestre do Grande Oriente Lusitano.

Em 2016, foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade.

Foi até ao último dia um militante ativo da causa dos direitos sociais, envolvendo-se em inúmeras iniciativas

cívicas e políticas.

Pelo seu exemplo, soube granjear o respeito da sociedade e personificar de forma exemplar o conceito de

ética republicana.

Reunidos em sessão plenária, os Deputados à Assembleia da República manifestam à família e aos

amigos de António Arnaut, bem como ao Partido Socialista, o mais sentido pesar pelo seu desaparecimento.

Palácio de São Bento, 25 de maio de 2018.

O Presidente da AR: Eduardo Ferro Rodrigues.

Outros subscritores: Maria Germana Rocha (PSD) — Maria Antónia de Almeida Santos (PS) — Vitalino

Canas (PS) — Joana Lima (PS) — José Miguel Medeiros (PS) — Fernando Anastácio (PS) — Hugo Carvalho

(PS) — Ricardo Bexiga (PS) — João Gouveia (PS) — Susana Lamas (PSD) — Bruno Coimbra (PSD) —

Sandra Pereira (PSD) — Helga Correia (PSD) — Elza Pais (PS) — Eurídice Pereira (PS) — Sara Madruga da

Costa (PSD) — Fernando Virgílio Macedo (PSD) — Susana Amador (PS) — Rui Riso (PS) — Bacelar de

Vasconcelos (PS), — Edite Estrela (PS) — Fátima Ramos (PSD) — Lúcia Araújo Silva (PS) — Joaquim

Barreto (PS) — Santinho Pacheco (PS) — Rosa Maria Bastos Albernaz (PS) — Palmira Maciel (PS) — José

Manuel Carpinteira (PS) — Pedro Filipe Soares (BE) — Pedro do Carmo (PS) — António Sales (PS) — Paulo

Pisco (PS) — Jorge Campos (BE) — Pedro Pimpão (PSD) — Maria da Luz Rosinha (PS) — Sandra

Pontedeira (PS) — Francisco Rocha (PS) — Maurício Marques (PSD) — José Rui Cruz (PS) — Carlos Alberto

Gonçalves (PSD) — Regina Bastos (PSD) — Maria Augusta Santos (PS) — Carla Barros (PSD) — José

António Silva (PSD) — Rui Riso (PS) — Laura Monteiro Magalhães (PSD) — João Marques (PS) — Norberto

Patinho (PS) — Wanda Guimarães (PS) — Hugo Costa (PS) — Ana Passos (PS) — Sofia Araújo (PS) —

André Pinotes Batista (PS) — João Torres (PS).

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VOTO N.º 550/XIII (3.ª)

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE JÚLIO POMAR

Foi com profundo pesar que a Assembleia da República tomou conhecimento do falecimento do Mestre

Júlio Pomar.

Júlio Pomar, nascido em Lisboa, a 10 de janeiro de 1926, foi um dos mais talentosos artistas plásticos do

Portugal contemporâneo, caracterizando-se por uma obra multitemática e multifacetada, que extravasou os

domínios da pintura e do desenho, estendendo-se à cerâmica, à gravura e à escrita.

Na década de 1940, Júlio Pomar esteve intimamente ligado à afirmação do movimento neorrealista em

Portugal, de que foi o seu expoente maior.

Seguiu depois outras influências e outros caminhos, permanecendo como artista profundamente

cosmopolita, sempre comprometido com o seu tempo e com o seu País, capaz de dialogar simultaneamente

com as grandes correntes artísticas mundiais e com o grande público.

Resistente antifascista, a sua intervenção cívica valeu-lhe a prisão durante quatro meses, tendo sido

companheiro de cela de Mário Soares, com quem partilhava um gosto contagiante pela vida.

Mais tarde, Mário Soares, enquanto Presidente da República, viria a ser retratado pelo olhar sempre

irreverente e provocador de Júlio Pomar.