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II SÉRIE-B — NÚMERO 36

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PROJETO DE VOTO N.º 212/XIV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DO ESCRITOR LUSO-BRASILEIRO RUBEM FONSECA

Rubem Fonseca faleceu, no dia 15 de abril, aos 94 anos. O escritor brasileiro, filho de pais portugueses

(naturais de Trás-os-Montes) que emigraram para o Brasil, na década de 20 do século passado, em busca de

melhores condições de vida, sofreu um enfarte em casa e acabou por perder a vida no Hospital Samaritano,

em Botafogo, no Rio de Janeiro.

Nascido em Minas Gerais, Rubem Fonseca formou-se em Direito e trabalhou como polícia, profissão que

acabou por ser a musa inspiradora da sua obra literária.

Considerado um dos nomes maiores da literatura brasileira do século XX, Rubem Fonseca transpôs para

os seus livros a realidade, nua a crua, da violência nas ruas, tendo lançado o seu primeiro livro, Os

Prisioneiros, em 1963.

O escritor, que foi também argumentista, viu um dos seus livros mais importantes, Feliz Ano Novo, ser

censurado por ser considerado um atentado contra a moral e os bons costumes da época.

Mas não foi isso que o impediu de continuar a escrever. A sua obra literária continuou a singrar no Brasil e

a conquistar cada vez mais leitores portugueses, tendo, inclusive, sido agraciado com o Prémio Camões, o

mais importante troféu literário da língua portuguesa, no ano de 2003.

Aos 94 anos, o coração de Rubem Fonseca não resistiu e parou, mas a sua obra será, para sempre,

recordada, seja no Brasil ou em Portugal, onde estão as suas raízes.

Reunida em Plenário, a Assembleia da República presta a sua homenagem à memória de Rubem

Fonseca, endereçando o seu sentido pesar à família e amigos.

Assembleia da República, 17 de abril de 2020.

O Deputado do CH, André Ventura.

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PROJETO DE VOTO N.º 213/XIV/1.ª

DE PESAR PELA MORTE DO ATOR FILIPE DUARTE

Filipe Duarte faleceu aos 46 anos no passado dia 17 de abril, devido a um enfarte do miocárdio. Nascido

em Nova Lisboa, em Angola, a 5 de junho de 1973, Filipe Duarte destacou-se como ator e dobrador. Nesta

hora triste, muitos são os que testemunham e elevam a sua excelência, o carácter, a bondade, o sorriso, a

humildade, a generosidade, a solidariedade e a integridade.

Filipe Duarte iniciou a sua carreira como ator no teatro nos anos 90. Foi também dobrador, dobrando, por

exemplo, a voz de Tarzan no filme da Disney com o mesmo nome. Interpretou um conjunto de papéis em

séries e novelas de televisão, em Portugal, Espanha e Brasil, destacando-se os papéis que desempenhou nas

séries A Ferreirinha, em 2004, Equador, em 2008, El accidente, em 2018, Matadero, em 2019, e Amor de mãe,

em 2020.

No cinema, Filipe Duarte participou em diversos filmes portugueses e estrangeiros, dos quais se destacam

Entre os dedos, em 2008, A vida invisível, em 2013, Cinzento e negro, em 2015, Variações, em 2019, e

Mosquito, em 2020. Particularmente marcante foi a sua participação no filme A outra margem, em 2007, um

filme que expõe um conjunto de preconceitos que continuam a existir na nossa sociedade e onde interpretou

Ricardo, um travesti que redescobre a alegria de viver na companhia do sobrinho que sofre de Síndrome de

Down.

Os papéis que interpretou no cinema fizeram com que o público o reconhecesse como um dos maiores

atores da sua geração e valeram-lhe um conjunto de 9 prémios, dos quais se destacam o prémio do Festival

Mundial de Cinema de Montréal para melhor ator, em 2007, um Globo de Ouro, em 2015, e três prémios