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11 DE SETEMBRO DE 2021

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seguimento da morte precoce da anterior titular, Olga Violante.

A 17 de dezembro de 1969, às 18h30, Michel Corboz dirigia o seu primeiro concerto com o Coro Gulbenkian;

o programa, integralmente preenchido com obras de Monteverdi e Bach, contou com a colaboração da Orquestra

de Câmara Gulbenkian.

Desde esse dia, e durante mais de meio século, foi o Maestro Titular do Coro, tendo ocupado o lugar de

Maestro Honorário em fevereiro deste ano.

Ao longo da sua carreira, Michel Corboz realizou 37 gravações com o Coro Gulbenkian, muitas delas

premiadas a nível internacional.

A atual presidente da Fundação lembrou, neste momento, o seu papel na afirmação internacional do Coro

Gulbenkian, mas também a sua direção artística consistente, que preparou gerações sucessivas de coralistas

do próprio Coro Gulbenkian.

A sua capacidade técnica, profundas compreensão e entrega às obras que dirigia, bem como a forte empatia

que estabelecia quer com o Coro e Orquestra quer com o público, tornaram-se a sua marca distintiva,

particularmente radiosa nos concertos de Natal e de Páscoa da Fundação Calouste Gulbenkian.

Ao longo da sua vida recebeu distintos e relevantes prémios e condecorações, dos quais se destacam

Commandeur de l’Ordre des Arts et des Lettres, em França, em 1996, ou o Prix de la Ville de Lausanne, em

2003. Em dezembro de 1999, Corboz foi condecorado pelo Presidente da República Portuguesa com a Grã-

Cruz da Ordem do Infante Dom Henrique.

Pelo exposto, a Assembleia da República, reunida em sessão plenária, expressa o seu profundo pesar pela

morte de Michel Corboz, transmitindo à sua família e à Fundação Calouste Gulbenkian, também sua casa, as

mais sentidas condolências.

Palácio de São Bento, 3 de setembro de 2021.

Os Deputados do CDS-PP: Telmo Correia — Ana Rita Bessa — Cecília Meireles — João Pinho de Almeida

— Pedro Morais Soares.

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PROJETO DE VOTO N.º 662/XIV/2.ª

DE CONGRATULAÇÃO PELA INSCRIÇÃO (SALVAGUARDA URGENTE) DA ARTE E SABER-FAZER DA

CALÇADA PORTUGUESA NO INVENTÁRIO NACIONAL DO PATRIMÓNIO CULTURAL IMATERIAL

A «Arte e Saber-Fazer da Calçada Portuguesa» foi, no passado dia 22 de julho, inscrita no Inventário Nacional

do Património Cultural Imaterial, na sequência de uma proposta de inscrição apresentada pela Associação da

Calçada Portuguesa e pela Câmara Municipal de Lisboa.

A arte milenar de calcetar, que, no entanto, em Lisboa remonta à primeira metade do Século XIX,

desenvolveu-se e ganhou expressão significativa, em quantidade e qualidade extraordinárias, expandindo-se

por todo o País e por vários continentes, como um traço indiscutivelmente marcante da cultura portuguesa da

urbanidade.

A consideração da «Arte e Saber-Fazer da Calçada Portuguesa» como Património Cultural Imaterial constitui

o reconhecimento da importância desta arte e dos seus artífices – os calceteiros – como parte da identidade da

cidade de Lisboa e do País, mas também da emergência da salvaguarda do seu saber-fazer que corre o risco

de desaparecer.

A calçada portuguesa depara-se hoje com um conjunto de ameaças, como o decréscimo de mestres

calceteiros, a falta de manutenção e a má construção, a forte concorrência de outro tipo de pavimentos e o

declínio das indústrias extrativas e de transformação da pedra.

Assim, a Assembleia da República, congratula-se pelo estatuto agora adquirido pela «Arte e Saber-Fazer da

Calçada Portuguesa» na defesa desta arte e na criação das condições necessárias à sua salvaguarda,