O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

II SÉRIE-B — NÚMERO 55

6

humanos, nos Objetivos de Desenvolvimento do Milénio, nas prioridades das agências especializadas das

Nações Unidas e na edificação autónoma da ONU – Mulheres como entidade de promoção da igualdade entre

homens e mulheres. Neste quadro, o exemplo que nos vem do Irão adquire uma especial centralidade também

para a prossecução deste caminho e para a manutenção na agenda internacional desta dimensão de género.

Assim, a Assembleia da República saúda a luta pela liberdade e contra a violência de Estado desenvolvida

pelas mulheres iranianas que se têm manifestado contra o regime e por todos os ativistas que se lhes têm

juntado e reitera a importância do reconhecimento mundial desta resistência feminina, pela visibilidade que

tem dado ao direito de desobediência perante a injustiça e pelo exemplo para ativistas que se empenham no

combate às desigualdades, em particular às desigualdades de género.

Palácio de São Bento, 4 de janeiro de 2023.

Os Deputados do PS: Eurico Brilhante Dias — Patrícia Faro — Paulo Pisco — Francisco César — Pedro

Delgado Alves — Isabel Guerreiro — Pedro Coimbra — Anabela Real — Susana Correia — Francisco Rocha

— João Miguel Nicolau — Cristina Mendes da Silva — Dora Brandão — Agostinho Santa — Rita Borges

Madeira — Sérgio Monte — Sofia Andrade — Maria João Castro — Palmira Maciel — Eunice Pratas —

Eduardo Oliveira — José Rui Cruz — Maria da Luz Rosinha — Catarina Lobo — Fátima Correia Pinto — Tiago

Estevão Martins — Tiago Soares Monteiro — Norberto Patinho — Rui Lage — Paulo Araújo Correia — Irene

Costa — Paula Reis — Alexandra Leitão — José Carlos Alexandrino — Francisco Pereira de Oliveira —

Joaquim Barreto — Carlos Pereira — Romualda Nunes Fernandes — Eurídice Pereira — Tiago Brandão

Rodrigues — Sérgio Ávila — Paulo Marques — Pompeu Martins — Ana Bernardo — Ana Isabel Santos —

António Monteirinho — Pedro Cegonho — Ricardo Lima — Marta Temido — Gilberto Anjos — António Pedro

Faria — Clarisse Campos — Jorge Gabriel Martins — Miguel Iglésias — Luís Soares — Salvador Formiga —

Rosa Venâncio — Eduardo Alves — Rosário Gambôa — Jorge Seguro Sanches — Marta Freitas — Maria

Begonha — Ricardo Pinheiro — Nelson Brito.

———

PROJETO DE VOTO N.º 221/XV/1.ª

DE PESAR PELO FALECIMENTO DE LINDA DE SUZA

Morreu no passado dia 28 de dezembro, com 74 anos, no Hospital de Gisors, na Normandia, Linda de

Suza, Joaquina Teolinda de Sousa Lança, uma artista que se transformou num poderoso ícone da emigração

portuguesa, particularmente em França, que via no seu percurso um espelho dos seus objetivos de uma vida

melhor, de afirmação e de reconhecimento.

Linda de Suza nasceu em Beringel, no distrito de Beja, e emigrou para França com 22 anos, onde chegou

em 1970, passando a fronteira a «salto». Teve uma vida como a de tantos milhares de emigrantes, que saíram

à procura das oportunidades que não tinham em Portugal, com a determinação de trabalhar duro, mas sem

nunca deixar de sonhar com uma vida melhor, começando nas limpezas e acabando aplaudida nos palcos.

Esse reconhecimento surgiu não muito depois de ter chegado a França quando começou a cantar, a pisar

os palcos, a ir à televisão e a gravar discos. Estreou-se no restaurante Chez Loisette, nos arredores de Paris,

onde foi descoberta pelo compositor André Pascal. Pela mão do produtor Claude Carrère, foi ao programa

Rendez-Vous du Dimanche, onde cantou Le Portugais, Valise en Carton, que viria a ser um grande sucesso e

seria a linha condutora da sua carreira, com vendas que atingiram o Disco de Platina, em 1979.

Num justo reconhecimento, o Presidente da República Francesa, Emannuel Macron, considerou Linda de

Suza uma «rainha dos anos 80» e afirmou que a cantora portuguesa «se encontrou no cruzamento de duas

culturas e de duas línguas», afirmando-se como «um ícone dos destinos cruzados dos nossos dois povos».

Canções como J’ai deux Pays pour un seul cœur, La Symphonie du Portugal ou ainda L’étrangère, entre

tantas outras da sua vasta discografia, são canções emblemáticas em que facilmente os portugueses em