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5 | II Série C - Número: 029 | 20 de Julho de 2009

NOTA PRÉVIA A energia não se produz, transforma-se.
A elaboração de um relatório com a dimensão e a importância do actual pecará sempre por defeito. Pela riqueza extraordinária, quer das audições, quer das apresentações, da conferência e acima de tudo do tema, este documento é apenas uma síntese, necessariamente incompleta, da qual fazem parte integrante todas as actas, apresentações e documentos de trabalho que constituem o espólio documental da Comissão Eventual para o Acompanhamento das Questões Energéticas (CEAQE).
Este Relatório não pretende ser um trabalho científico ou mesmo técnico. É um documento que resulta de muitas horas, dias e meses de contacto com um conjunto considerável de agentes do apaixonante e determinante mundo da energia. O seu objectivo, mais do que identificar o caminho já percorrido, é acima de tudo de encontrar saídas e oportunidades e colocar a política ainda mais ao serviço de um combate decisivo para o país e para a humanidade. Esta é talvez a questão mais importante e premente a ponderar, na definição de um modelo de vida sustentável para a Humanidade.
O modelo de consumo energético assente em energia barata e inesgotável, consolidado nos últimos 150 anos, foi esgotado. A ineficiência e o desperdício energéticos têm forçosamente os dias contados.
No último ano, às razões ambientais acresceram – por força do aumento do preço do petróleo – as razões económicas: a opinião pública mundial terá realmente percebido que está em curso uma mudança de paradigma ao nível da energia? E que a época do petróleo barato terminou mesmo? Não possuindo reservas próprias de petróleo ou de gás, Portugal nunca teve, dentro das suas fronteiras, energia fácil e barata quando no mercado externo a energia era fácil e barata. Mandaria o bom senso que, durante esse período, o País tivesse desenvolvido tecnologia e saber que nos permitisse, quando a energia deixasse de ser barata, encontrar alternativas ao petróleo. Mas não. foi isso que se passou.