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protagonismos sectoriais, foram uma evidência da não existência de uma

verdadeira e adequada coordenação a nível superior (no CNOS com o oficial de

ligação). O aparecimento do Comandante Naval na área de operações, por

exemplo, pode ter dado algum tipo de dividendos à Marinha Portuguesa do

ponto de vista político mas é negativo para as Forças Armadas e para o CEMGFA.

A ida do CEME ao terreno com o Ministro da Defesa veio reforçar o papel

propagandístico do apoio às populações. O EMGFA, que deve coordenar estes

apoios nos termos da Lei, nem apareceu nem foi citado. A ANPC, enquanto

entidade coordenadora tem um papel de coordenação que não fez. Também

aqui muito há a rever para que tal situação não volte a acontecer.

Importa também fazer a avaliação dos aspetos de comunicação verificados

durante a ocorrência e o impacto na opinião pública da “imagem” que passou.

Há muito a aprender do mau que foi:

- o poder político intrometeu-se na condução de uma operação de socorro

tornando a zona de posto de comando, que deve ser uma área preservada,

para nela se poder ter a calma possível para se tomarem decisões, num circo

de permanente promiscuidade entre elementos da estrutura operacional e

jornalistas, com resultados bem nefastos como o caso do “avião fantasma”

(visível na relação entre o COS e a jornalista da SIC);

- o comando operacional no terreno “caiu” sistematicamente em

preocupações com os VIP as quais se adicionavam à já de si dramática

situação operacional;

- as informações de natureza operacional eram fornecidas de forma

aparentemente oportunística, pelo poder político.

Finalmente, importa avaliar também a atuação política no que são as suas

responsabilidades durante o combate, com a eventual ativação de planos de

emergência municipais e distritais e a declaração do estado de alerta,

contingência ou calamidade.

c. Quanto às demais entidades

Não queremos pronunciar-nos nestes domínios. Todavia:

II SÉRIE-E — NÚMERO 3 290