O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

 

é que não podem participar do ponto de vista do direito de sufrágio.
O que me deixa ainda mais perplexo, Sr. Deputado Jorge Nuno Sá, é a sua argumentação de que "então, mais valeria a proposta da Juventude Socialista", não tendo o Sr. Deputado nenhuma! A proposta do Bloco de Esquerda até poderia ser considerada uma proposta razoável, transitória e muito limitada: "vamos experimentar, vamos ver…". E tirar-se-iam ilações dentro de algum tempo. Mas justificar que "então, mais valeria a proposta da Juventude Socialista", que é absolutamente radical neste domínio, não creio que tenha lógica do ponto de vista metodológico se tivermos presente o ponto de partida da sua intervenção.
Não se trata de uma agenda política do Bloco de Esquerda. Já tivemos oportunidade de discutir este tema noutros fóruns e é absolutamente verdade que o Bloco de Esquerda e outras formações políticas sairiam a perder, porque, se se tem em conta o ganho partidário eleitoral imediato, com certeza que o PSD ou o PS ganhariam muito mais com esta proposta do que o Bloco de Esquerda.
Trata-se, por isso, talvez de uma razão de princípio que, desde a constituição do Bloco de Esquerda, temos vindo a defender.

O Sr. Presidente: - Para responder, tem a palavra o Sr. Deputado Jorge Nuno Sá.

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - Sr. Presidente, Sr. Deputado Luís Fazenda, quero começar por dizer que, se afirmei que mais valeria a proposta da Juventude Socialista, espero que isso não fique em acta, porque longe de mim dizê-lo! Entendo, contudo, que há mais coerência na proposta da Juventude Socialista, e penso que terá sido o que afirmei.

O Sr. Presidente: - Fica registado, Sr. Deputado.

O Sr. Jorge Nuno Sá (PSD): - Pelo menos, fica esta correcção, Sr. Presidente.
Penso que terei dito que a proposta da JS é mais coerente porque, como o Sr. Deputado teve a amabilidade de dizer, essa é uma discussão já travada noutros fóruns, onde foi dito, precisamente, que seria mais coerente - é uma questão de princípio, da minha parte - defender que não apenas o direito de voto mas todos os direitos que estão subjacentes hoje aos 18 anos e à maioridade passassem para os 16 anos. Parece-me que essa seria uma discussão mais séria e com outra sustentabilidade do que a de baixar o limite de idade apenas para o direito de voto, porque seguir-se-ia uma série de outros direitos, como a carta de condução e por aí fora… Seria uma discussão interminável.
Portanto, se houvesse algo sociologicamente estruturado e que se pudesse advogar como bom, poderíamos avançar com todos esses direitos para a idade mínima dos 16 anos - ou dos 17, ou dos 19, ou dos 21 anos, de acordo com aquilo que fosse o reflexo da nossa sociedade. É por isso que digo que a proposta do BE me parece um pouco isolada ou incompleta.
Sr. Deputado Luís Fazenda, quanto à questão de ser mais coerente a proposta da Sr.ª Deputada Jamila Madeira do que a do Bloco de Esquerda, digo-o precisamente por causa do exemplo do Brasil, que penso que é o mais infeliz de todos. Também nunca o acusei de defender o regime cubano, permita-me esta nota - nunca diria tal coisa sobre si.
Em todo o caso, Sr. Deputado, queria dizer-lhe que me parece subversivo criar um mecanismo que promova a "venda" do voto - não sei se a partir dos 18 anos se "vende" votos no Brasil ou em qualquer outra parte do mundo! Quando se está a formar jovens para a cidadania com 16 anos e se cria um mecanismo que os leva à "venda" do seu voto (porque não é algo de obrigatório mas que eles fazem se quiserem), podendo daí resultar uma fonte de receita que não teriam normalmente nos seus orçamentos, parece-me muito subversivo esse mecanismo.
Repito: quando se está a tentar formar uma consciência política de participação cívica, parece-me, de todo, subversivo este mecanismo. É por isso que considero ainda pior a questão da faculdade do que a questão da obrigatoriedade neste caso concreto. Não me parece haver alguma coerência nesta questão.
Respondo-lhe, Sr. Deputado Luís Fazenda, dizendo o seguinte: não sei se a partir dos 18 anos se "vendem" votos no Brasil; sei que 35% dos jovens que se inscrevem no Brasil dizem que o fazem para "vender" o seu voto. Parece-me muito arriscado que se dê um passo neste sentido.

O Sr. Presidente: - Não registo mais pedidos de inscrição para intervir sobre este tema do artigo 49.º.
Queria fazer a seguinte sugestão ao Bloco de Esquerda: o próximo artigo que vamos apreciar é o 51.º, para o qual existe uma única proposta de alteração do Bloco de Esquerda, no sentido de eliminar o n.º 4, ou seja, o dispositivo constitucional que proíbe a existência de partidos que tenham índole ou âmbito regional. Esta é, aliás, uma proposta que consta, se bem me recordo, da resolução aprovada pela Assembleia Legislativa Regional da Madeira. Ora, gostaria de sugerir ao Sr. Deputado Luís Fazenda que agregássemos esta proposta de eliminação do n.º 4 do artigo 51.º, do Bloco de Esquerda, para o momento da discussão das autonomias regionais.

O Sr. Luís Fazenda (BE): - Com certeza, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Também relativamente ao artigo 52.º, como todas as propostas de alteração, excepto a da Juventude Socialista, incidem sobre a apresentação de petições às assembleias legislativas regionais, deixaríamos essa discussão para a altura em que falarmos sobre as questões relativas às autonomias regionais.
Vamos passar, então, ao artigo 53.º. Como os Srs. Deputados se recordarão, o Partido Social Democrata sugeriu, e foi aceite, como metodologia de trabalho a agregação de um conjunto de artigos. A saber: os artigos 53.º, 54.º, 55.º, 56.º, 57.º, 59.º, 59.º-A, 59.º-B e, finalmente, 89.º. Assim sendo, vamos passar à discussão conjunta de todos estes artigos.
Com excepção do artigo 59.º, que tem uma proposta de alteração do Bloco de Esquerda, todos os outros artigos que citei só têm propostas de alteração da autoria do PSD e do CDS-PP.
Tem a palavra o Sr. Deputado Francisco José Martins.

O Sr. Francisco José Martins (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Relativamente a este conjunto de artigos

Páginas Relacionadas
Página 0152:
  O Sr. Presidente (José de Matos Correia): - Srs. Deputados, temos quórum, pelo que declar
Pág.Página 152
Página 0153:
  pena privativa da liberdade com carácter perpétuo; é preciso saber que Estado é que está
Pág.Página 153
Página 0154:
  das nossas propostas sejam de reposição de um ou outro aspecto, mas outras não necessaria
Pág.Página 154
Página 0155:
  questão que, ainda não há muitos anos, se discutiu entre nós foi o problema da excisão fe
Pág.Página 155
Página 0156:
  A Sr.ª Assunção Esteves (PSD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Gostaria de comentar a p
Pág.Página 156
Página 0157:
  O Sr. Presidente: - Para uma segunda intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Fi
Pág.Página 157
Página 0158:
  ao artigo 35.º, para o qual existe uma única proposta de alteração, apresentada pelo Part
Pág.Página 158
Página 0159:
  nesta matéria, que já permitiu deter uma mãe que louvava a prestação teatral do seu filho
Pág.Página 159
Página 0160:
  suscitar a necessidade de reponderação do sistema de regulação da comunicação social.
Pág.Página 160
Página 0161:
  dizer-se que é potencialmente o mais importante de todos, como se tivesse substituído a v
Pág.Página 161
Página 0162:
  Dirão alguns, porventura os mais conservadores, que esta alteração não trouxe nada de vul
Pág.Página 162
Página 0163:
  autoridade reguladora da comunicação social com consistência e densidade, é absolutamente
Pág.Página 163
Página 0164:
  Diria que a construção de uma retórica de limitação dos direitos de liberdade de imprensa
Pág.Página 164
Página 0165:
  que têm que ver com os princípios constitucionais, pode e deve configurar editorialmente
Pág.Página 165
Página 0166:
  de 2/3, parece correcto tentar aqui encontrar um equilíbrio entre aquilo que deve ser den
Pág.Página 166
Página 0167:
  talvez fosse uma boa oportunidade para dispensar esse truísmo da economia constitucional.
Pág.Página 167
Página 0168:
  acaba de fazer em termos de estratégia de revisão constitucional suscita-nos alguma perpl
Pág.Página 168
Página 0169:
  A relação entre estas duas categorias é uma relação que se traça basicamente assim: a mai
Pág.Página 169
Página 0170:
  O Sr. António Filipe (PCP): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Sem prejuízo de observações
Pág.Página 170
Página 0171:
  O Sr. Luís Marques Guedes (PSD): - Isso é difícil! O Sr. António Filipe (PCP): - A
Pág.Página 171
Página 0172:
  programático e prospectivo, a comunicação social fique atreita às baias da verdade, sem p
Pág.Página 172
Página 0173:
  essa lei, também na nossa proposta, sufragada nos precisos termos pelo Partido Socialista
Pág.Página 173
Página 0174:
  ele pode ser aprofundado de forma adequada e promocional, dentro daquela ideia em relação
Pág.Página 174
Página 0175:
  ou na parte de consumação e até de agravamento da lesão. Significa isto que, se se op
Pág.Página 175
Página 0176:
  Neste artigo, está consignado o direito de os cidadãos constituírem livremente associaçõe
Pág.Página 176
Página 0177:
  Luís Fazenda - e é sempre importante nestas questões não se trazerem grandes surpresas ao
Pág.Página 177
Página 0179:
  do texto constitucional (que, como foi dito, têm em comum a matéria dos direitos, liberda
Pág.Página 179
Página 0180:
  dizê-lo, com esta proposta, não se pretende beliscar minimamente, tem determinado ou cond
Pág.Página 180
Página 0181:
  O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Presidente, quero apenas dizer que recusamos qualquer r
Pág.Página 181
Página 0182:
  O Sr. Presidente: - Naturalmente que sim, Sr. Deputado. O Sr. Gonçalo Capitão (PSD)
Pág.Página 182
Página 0183:
  O Sr. Alberto Martins (PS): - Sr. Presidente, dá-me licença? O Sr. Presidente: - Fa
Pág.Página 183
Página 0184:
  a obrigatoriedade da consulta às associações ambientalistas. Em nosso entender, este prec
Pág.Página 184
Página 0185:
  Portanto, esta consagração constitucional vai, de facto, resolver esse problema e parece-
Pág.Página 185
Página 0186:
  Não nos parece que este objectivo de política concreta deva ser constitucionalizado, pese
Pág.Página 186
Página 0187:
  no sentido de que o ensino secundário seja universal e obrigatório. Ouvi com muito ag
Pág.Página 187
Página 0188:
  as liberdades, todos os direitos, todas as garantias, mas, obviamente, estamos aqui a fal
Pág.Página 188