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I SÉRIE — NÚMERO 18

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A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — … porque há dois colégios privados conduzidos e geridos por jesuítas, o

Colégio S. João de Brito e o Colégio da Imaculada Conceição. O Colégio da Imaculada Conceição tem

contratos de associação em que tem de aceitar os alunos que o Estado põe lá e o Colégio S. João de Brito

seleciona os alunos. Conclusão: o Colégio S. João de Brito está no topo e o Colégio da Imaculada Conceição

está lá em baixo. E são geridos pelos mesmos.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Facto 3: ao contrário do que os senhores queriam, o ensino artístico

promove as aprendizagens e por isso é que as primeiras escolas públicas do ranking são de ensino artístico,

escolas, essas, que tentaram destruir.

Aplausos do BE, do PS e do PCP.

Vamos, agora, analisar o que o ranking só mostra a quem quer ver.

Primeiro facto que está no ranking e que não querem ver: em três anos, cortaram 1333 milhões de euros

no ensino público e foram 1600 milhões para o ensino privado, concorrendo com o ensino público. Não

querem ver estes dados, mas está no ranking!

Segundo facto que está no ranking e que não querem ver: a turma do 7.º-A da Escola Secundária da Sé,

na Guarda, tem 26 alunos e quatro têm necessidades educativas especiais.

Na disciplina de espanhol, há 32 alunos numa turma e quatro têm necessidades educativas especiais. Não

há disto no privado! Estes dados estão no ranking e não os querem ver!

Terceiro facto que está no ranking e que não querem ver: no ensino privado, é permitido aos professores

acompanhar os alunos ao longo do percurso escolar; no ensino público, os professores chegam a ser

caixeiros-viajantes, de tanta rotatividade que têm nas escolas.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Quarto facto que está no ranking e que não querem ver: no ensino

privado, ninguém tem aulas em contentores; no ensino público, há aulas em contentores.

Quinto facto que está no ranking e que não querem ver: no ensino privado, os professores de apoio estão

lá quando os alunos precisam; no ensino público, os professores de apoio estão lá como prémio para as

escolas que tiveram os melhores resultados, ou seja, para aqueles que menos precisam.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Claro que há aqui um problema: no ensino privado, só entra quem eles

querem e no ensino público entram todos, independentemente do que possam pagar.

O Sr. Jorge Duarte Costa (BE): — Muito bem!

A Sr.ª Joana Mortágua (BE): — Se este ranking vale para alguma coisa é para nos dizer que ele não serve

para avaliar as escolas.

Vamos, agora, analisar o que está escondido no ranking.

Está escondido que os professores só começam a lecionar Estudo do Meio depois de os exames de

Português e Matemática estarem feitos e está escondido que o Presidente do Instituto de Avaliação Educativa

já veio admitir que os critérios foram corrigidos porque os resultados dos exames não estavam a bater certo

com as expetativas do Governo.

O Sr. Hugo Lopes Soares (PSD): — Deve dizer isso aos professores! Os professores devem estar a

gostar de a ouvir!