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II SÉRIE-A — NÚMERO 55

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no fim do TeSP, queiram entrar na licenciatura (e tenham condições para isso) o possam fazer.

Adicionalmente, a sociedade do conhecimento baseia-se numa cultura de partilha e trabalho em rede, em

que a colaboração entre diferentes instituições de ensino superior assume um papel decisivo. Neste sentido, o

desenvolvimento de ofertas diversificadas, funcionando de modo articulado, permite criar respostas mais

eficientes e robustas no contexto do ensino superior público. É fundamental que se aprofunde o sistema e

mecanismos de avaliação das parcerias, nacionais e internacionais, nomeadamente dos seus impactos e

resultados. Para esse efeito, o Governo irá:

• Estimular as ofertas internacionais e a entrada de estudantes não nacionais, com a possibilidade de

trabalhar legalmente em Portugal;

• Incentivar a frequência do ensino superior em Portugal, principalmente nas áreas de maior procura,

essencialmente para alunos oriundos dos países de língua oficial portuguesa;

• Reforçar o número de vagas dos cursos relacionados com tecnologias de informação, matemática e

ciência;

• Introduzir disciplinas ou conteúdos digitais, em todos os cursos de ensino superior, que se adequem às

necessidades do mercado de trabalho;

• Fomentar o trabalho colaborativo em rede entre instituições do ensino superior;

• Avaliar e aperfeiçoar o modelo de avaliação das instituições de ensino superior, tendo em conta a sua

diversidade, garantindo a estabilidade dos recursos humanos nesse modelo;

• Estimular o crescimento e diversificação das fontes de financiamento público e privado do ensino

superior e promover a contratualização do financiamento das instituições por objetivos;

• Reforçar e incentivar sinergias entre o domínio científico e o domínio do ensino, protegendo a

diferenciação das duas dimensões e promovendo a circulação entre carreiras.

Fortalecer a ligação da academia com o exterior

Num mundo crescentemente globalizado e conectado, a internacionalização do ensino superior,

nomeadamente garantindo a sua presença em redes globais, é decisiva para a sua qualificação, capacitação e

para o seu desenvolvimento. Neste sentido, o Governo irá:

• Fomentar a internacionalização das instituições de ensino superior, apoiando a sua integração em redes

de cooperação internacional e respetivos circuitos de financiamento;

• Promover a abertura das instituições de ensino superior à sociedade civil e aos agentes do mercado de

trabalho;

• Estimular a contratação de doutorados pelas empresas;

• Estimular a ligação das instituições de ensino superior aos laboratórios do Estado, laboratórios

associados e laboratórios colaborativos, e destes com as empresas e o sector público;

• Fortalecer a cooperação entre as universidades e politécnicos e o sistema de formação profissional, seja

na articulação à entrada em cursos técnicos superiores profissionais (TeSP), cursos de especialização

tecnológica (CET) e outras vias pós-secundárias, seja na colaboração para a reconversão de profissionais em

setores estratégicos de competências, nomeadamente as digitais.

Liderar nas competências digitais em todos os níveis de ensino

No âmbito deste processo de transição para uma economia cada vez mais digitalizada, é necessário

assegurar que a população portuguesa terá, cada vez mais, as competências e qualificações necessárias e

adequadas para superar, com êxito, este desafio. Neste sentido, o Governo pretende reforçar a Iniciativa

Nacional Competências Digitais e.2030 (INCoDe.2030), com o objetivo de qualificar os recursos humanos de

forma transversal, ao longo da vida, e numa perspetiva dilatada no tempo.

Neste âmbito, a aposta no ensino da computação assume particular relevância, visto que, mais do que

programação, contribui para o desenvolvimento do denominado pensamento computacional, o qual envolve

técnicas e métodos para resolver problemas, criando capacidade de projetar sistemas e compreender o poder

e os limites da inteligência humana e artificial. Neste contexto, o Governo irá:

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