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desta Comissão Eventual que coincidiram com trabalhos da Comissão de Educação, Ciência e Cultura), tanto quanto me recordo, a metodologia adoptada foi a de começar por fazer uma apresentação genérica dos diferentes projectos de revisão constitucional, um pouco à semelhança do que tinha ocorrido em processos anteriores, seguida do debate de cada um dos artigos.
Enfim, por razões que foram explicadas, passou-se de um ritmo de cruzeiro ao imobilismo, à paragem, de uma velocidade minimamente equilibrada para uma aceleração repentina que permita dar por concluídos os trabalhos, segundo fomos agora informados, até ao dia 25 de Abril.
Em primeiro lugar, por respeito pelos demais grupos parlamentares que estiveram alheados desse processo (no qual participaram três partidos, PSD, PS e CDS-PP), sugeria que fosse dada nota sobre as áreas ou matérias em que, de algum modo, houve consenso e que partilhassem as propostas com os restantes grupos parlamentares.
Em segundo lugar, a questão que o Sr. Deputado Luís Fazenda colocou é comum a todos os partidos mais pequenos, que apenas dispõem de um representante na Comissão. Portanto, a única possibilidade de se posicionarem sobre uma nova proposta é no momento em que são confrontados com ela e têm de o fazer sem a discutir politicamente com o respectivo grupo parlamentar e partido. Ora, isso não me parece razoável.

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada Isabel Castro, antes de dar a palavra ao orador seguinte, o Sr. Deputado Diogo Feio, gostaria de prestar-lhe o seguinte esclarecimento, já que, infelizmente, como referiu, não nos pôde acompanhar em todas as reuniões: todas as propostas de alteração constantes dos diferentes projectos de revisão constitucional, todas e cada uma, foram já objecto de discussão na especialidade. Todas e cada uma, repito.

A Sr.ª Isabel Castro (Os Verdes): - Mas não as novas!

O Sr. Presidente: - Sr.ª Deputada, as novas propostas estão a ser distribuídas neste momento, mas as que constavam dos seis projectos de revisão constitucional foram toda e cada uma, repito, objecto de discussão.
Tem a palavra o Sr. Deputado Diogo Feio.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): - Sr. Presidente, vou ser muito breve no uso da palavra, até porque já passou meia hora e ainda não iniciámos as votações.
Desde o início, mais concretamente na primeira reunião desta Comissão, assumimos que pretendíamos fazer a discussão de todas as propostas de alteração apresentadas. Aliás, mesmo na primeira fase, em que foram feitas as apresentações genéricas dos diferentes projectos de revisão constitucional, por várias o Sr. Presidente da Comissão teve de chamar a atenção para o facto de, muitas vezes, estarmos a antecipar a discussão na especialidade, dos artigos. Seguiu-se a discussão das propostas de alteração aos artigos da Constituição e, sobre elas, quer o PS quer o PSD sempre se pronunciaram.
Foi essa a metodologia que seguimos e é a que pretendemos agora, não só em relação às novas propostas apresentadas em Comissão como em relação ao que se justificar em Plenário.
Evidentemente, os trabalhos da Comissão foram suspensos para que fosse feito um trabalho de natureza política entre a maioria PSD/CDS-PP e o outro partido político que, para este efeito, forma a maioria necessária de dois terços. Desse trabalho resultaram novas propostas e, claramente, interessa-nos que seja feita sua discussão.
Por fim, gostaria de dizer que, em relação ao processo de revisão constitucional, o que consideramos importante - independentemente do tamanho dos passos - é que sejam dados os passos certos.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o Sr. Deputado José Magalhães.

O Sr. José Magalhães (PS): - Sr. Presidente, gostaria de dizer que temos de organizar, nesta reunião, os trabalhos da Comissão para evitar que tenham qualquer fundamento as objecções críticas ou insatisfações quanto a métodos de trabalho como as que foram aqui formuladas.
Esta é uma revisão que, desde o princípio, se sabia que nunca poderia ser senão mínima. Assim será, o que torna o trabalho a fazer, numa segunda leitura, totalmente diferente daquele que foi típico, por exemplo, da II revisão, ou da IV revisão, e mais parecido, porventura, com o trabalho que foi feito na V revisão, que foi mínimo.
Portanto, tal significa que não há propostas novas sobre matérias não discutidas, mas apenas propostas que representam formulações de compromisso em relação a matérias largamente debatidas na primeira leitura - e essas serão depositadas ou já estão distribuídas aos Srs. Deputados. Portanto, não há o mínimo intuito de as discutir de supetão, sem a leitura adequada.
Nesse sentido, Sr. Presidente, para além da necessária calendarização dos trabalhos que temos de fazer na óptica da próxima semana, tendo em conta o que é desejável e incluindo a preparação do relatório, nos termos que o Regimento impõe, propomos que se iniciem as votações das matérias em relação às quais não há formulações inovadoras, isto é, que comecemos por votar o preâmbulo, seguido dos artigos 1.º, 2.º, 3.º, 4.º, etc., dando aos partidos que ainda não leram as propostas novas (propostas que, de resto, não os surpreenderão, com certeza) todo o tempo possível para as apreenderem. Assim, essas matérias só seriam consideradas no fim desta reunião.
Nessa altura, serão devidamente apresentadas pelo tempo adequado para dar as explicações complementares para o que não resulte óbvio da sua leitura - pouco será o que não é óbvio da sua leitura. Em todo o caso, essa explicação é devida e será dada da nossa parte sem nenhuma dificuldade. Por dever de transparência, nunca pensaríamos fazê-lo de outra forma.
Se a metodologia for esta, Sr. Presidente, e se houver outras sugestões construtivas para a calendarização dos trabalhos, poderemos cumprir um objectivo que é, apesar de tudo, importante: chegar ao dia 25 de Abril com uma revisão com estes contornos concluída é um bom objectivo, pelo qual vale a pena que nos batamos. Ela nem tenderá a contemplar apenas propostas dos três partidos políticos que chegaram a consenso; poderá contemplar propostas de outros partidos que contribuíram assim para este debate constitucional.
Portanto, Sr. Presidente, proponho que passemos às votações segundo este critério, isto é, começando no preâmbulo e seguindo por aí adiante.

O Sr. Presidente: - Sr. Deputado José Magalhães, agradeço-lhe as palavras que proferiu. Aliás, a sua intervenção permite-me responder a uma questão que o Sr. Deputado António Filipe tinha colocado na intervenção inicial e que se prende, justamente, com o decorrer dos nossos trabalhos.
É evidente que tudo o que já foi discutido, e foi-o amplamente, está discutido e, portanto, passaremos à respectiva votação; tudo o que não foi ainda discutido, porque