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do credito durante esse intervalo? Queria-se urn terror pânico na praça? Queria-se um estremecimento no mercado que abalasse todos os nossos estabelecimentos? Isto diz-se sern se pensar!., E não me* receu bem do seu Paiz o homem , que tomou sobre seus hombros tão immensa responsabilidade? (.Apoiados).

Sr. Presidente, o nobre Deputado apresentou considerações, com que inteiramente me conformo. Eu convenho corn o nobre Deputado, em que a nossa situação financeira não e' desesperada : convenho em que nas classes inactivas ha grandes, e ponderosas economias a fazer, e eu já linha em* prehenjido uma. Bem o sabe o Sr. Deputado por Lisboa , a quem respondo agora. Era o acabamento do Monte Pio do Exercito e Armada, Monte* Pio que não pôde continuar no estado, em que se acha : porque e' uma contribuição ire 15 ou 20 conto», que produz um ónus de 400 contos annuaes: porque e' uma contribuição de que resulta urn ónus, que não redunda em proveito dos interessados^ E' por tanto indispensável , que se ponha termo a este estado de cousas, conservando as actuaes pensões > porém não consentindo, que se admitiam novos Contribuintes, e indemnisando até aqwelles, que quizerem receber as som mas , que desembolsaram para entrarem nos Monte-Pios particulares. K u tinha preparado um Projecto sobre estas bases para apresentar ao Parlamento na Sessão, que continuava em Fevereiro passado, e ale tinha perguntado ao nobre Deputado, a quanto montariam essas indemnizações na Marinha, e lhe tinha pedido, que me coadjuvasse nesse trabalho, que eu queria fazer extensivo aos Ofíiciaes do Exercito.

Mas não basta que o illubtre Deputado aqui venha apresentar esta doutrina; é necessário que elia saia dos bancos dos Ministros, porque só elies lêem força para a levar á execução. Se poréui os actuaes Ministros ou não querem, ou não podem, una-se o Sr. Deputado comido, e promovamos a organi-saçào d'um melhor Ministério, que salve esle Paiz da situação melindrosa, ern que está collocado. Se o actual Gabinete tem a coragem sufficiente para aqui vir apresentar as medidas necessárias para formar um systema completo de fazenda , que acabe com os arbítrios, com os expedientes, com as medidas de circumstancia , venha, seja bem vindo, não o hei de contrariar, mas antes ajudai-o nesse trabalho. Mas, Sr. Presidente, deste modo é que é impossível continuar; a situação do Paiz é critica. E' necessário, primeiro que tudo, resolver a questão financeira; e elia não se pôde resolver com auctorinações como esla, que a complicam e fazem talvez impossível de resolver.

Sr. Presidente, eu disse aqui n'outra Sessão, que não queria ligar a questão financeira com a política,- porque a questão política estava para mim acabada; mas vejo que se não quer fazer o mesmo a meu respeito : para que eu guarde um perfeito silencio sobre a questão política , e sobre a influencia , que elia exerceu nas finanças, c preciso que se guarde um silencio absoluto sobre o que fica para traz do movimento de 27 de Janeiro. Porém não é o que se tem feito. Eu contava com meios , que as circurnstaneias , que esse movimento creou , anni-quilarain completamente ; eu contava, que vinha ao Parlamento

approvasse a condição, tão vantajosa para ò souro, do contracto com a Companhia de Credito Nacional, pelo qual elia se obrigava a dar 500 contos ao Governo por míl contos de inscripções. Essa sornma era sufficiente para levar á execução o meu systema , e se Decorressem novos embaraços , aqui estava o Parlamento, e eu havia dizer-lhe—-o meu systerna é o único, que nos convém k circumstan-cias imprevistas diminuíram a receita ; mas vós uão podeis deixar de reconheéer, que este é o caminho verdadeiro; que de maneira alguma devemos tornar ao cahos do passado ; e então vamos a resolver esta nova dificuldade , fazendo nas despez.ts, q u a n* do novas receitas se não possam crear, as necessárias 'redacções para destruir o déficit-, E o Parlamento havia ajuda r-me ; porqua não havia querer coíiipromelter a sorte do Paiz.

Mas veio o movimento de 27 dê Janeiro , que obstou a que se reunisse o Parlamento em Fe vê* reiro. O Governo não pôde por tanto levantar por aquelle modo os quinhentos contos, dê que carecia, e para os realisar, poz em circulação 1:500 contos de Fundos de 5 por cento, não sujeitos a Docimi ; deu ao Contracto do Tabaco 52 contos annuaes, e durante sete annos^ como indernnisação pelo au> gmento do preço do rapé, e auctorisou a Companhia Confiança para receber 200 contos em dinheiro por 200 contos em papeis, que corriam a 10 e 12 por eento no mercado ! ! ! Este Contracto desastroso privou o Governo neste anno d'uma receita de 252 contos: além de o inhibir de dispor dos excedentes dos Contractos com a Companhia Cora* fíança , que como já observei , ainda podem offe-recer um recurso, de mil contos de réis» Estas cir-cuinstancias não existiam para mirn !