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simo a, publicação das entradas dos rendimentos públicos nos cofiem aos mezes ? É porque assim pôde a Carnapa melhor saber o que se recebe e, dispende em cada mez, o que não acontece com o systema adoptado porS. Ex.a'—Sr. Presidente, foi por um acaso, foi eira' consequência das desinitelljgeneiaís do Sr. JVH--rtistro da Fazenda, com o, Banco q,u« a,Camara pode saber que o: Sr.. Ministro precisava; de dinheiro nos., cofres dasi províncias, aã. occasião era que estava pagando ao Banco prémio, peF essas transferencias,, e> que taes transferencias senão faliam.;, ora parece que, havendo, esses- mappíia mensaes facilmente- se podia saber se nas províncias' havia ou; não os unejos necessários pana occotrer ás de&pezas.

Mas S. Ex.a quando se lhe faz, qualquer; pergunta sobre objectos, d'e Fazenda manda ler o. seu Relatório, manda ver os aeus preciosissimo,s mappag. Ora, e crueldade obrigar um homern a lei. tantas» vezes, os seus documentos: S. Ex.B deviia ser mate: humano. Mas ten-ho-os lido mais de uma, vez, e ainda hei de ler rnais vezes: e qwí S. E^.n a prova de que: j.á< os li? É. que S. Ex.s fez contractos que- ha de trazer á Camará para 05 approvar, e S. Ex.u já manda pagar err> virtude desses- contractos; ainda nâot estão appro-vados pela Câmara, mas já os manda pagar. E is.to e' lógico, é o que se está fazendo todos os dias — urna vk>lação constante- de- todas, as Leis — Isto é obv-io^, é o nosso systema, actual. S. Ex." ha de trazer um contracto á Camará, que ha d-e sec Lek mas em quanto não e Lei, S.. Ex.° já manda pagar. Isío vem no seu Rdátorio: e aqui tem. uma prova de que o tenho tido. Já vê que desgraçadamente tenho lido. o seu preciosíssimo Relatório, e o& seus preciosíssimos documentos.

Argumentou S. Ex.a com a cpeação do Tribunal de Contas: uma das bellezas da Administração de S. Ex." e reformar todas a& Repartições que existem,, de maneira tal que. isto; mesmo lhe serve de desculpa, porque diz que ei em» consequência das reformas que ainda senão pôde fazer nada:. Louvores sejam dados a S. Ex.a por isto! Se S. ExJ1 continuar a, estar no Ministério, estou certo de que ha de reformar â reforma, e as cousas hão de continuar como estão, porque S., Ex.a ha de apresentar-se muito ufano no Parlamento dizendo — Reformei a reforma, e é por isso que nada s.e tem podido fazer até hoje.—Assim ha já 20 mezes que S. Ex.° está no Ministério; reformou tudo, inclusivamente o Tribunal de tjontas, e por ora diz q.ue, nada pôde ainda fazer desse, Tribunal. Mas como o Tribunal de Contas já antes dessa reforma dizia que o defeito não era,seu, mas sim de só lhe não darem essas contas para elle examinar ; depois da reforma, estou, certo que ha de continuar a dizer o mesmo, porque a independência que s.e deu a esse Tribunal, não é que o ha de fazer apresentar essas contas; a sua independência está no caracter dos indivíduos que o compõem, não necessitava dessa reforma; elle ha de apresentar contas quando os Srs. Ministros para lá lhas mandarem. — Mas S. Ex.a a^Qça. dirigiu,-me uma. allusào declarando o^uc a Com.-missão de Contabilidade nomeada por esta Camará, não valia nada ; e eu desde já agradeço á Camará o ler-me nomeado para uma Commissão que S. Ex.a declara que não serve para nada.

Ora, Sr. Presidente, eu diga a S. Ex.% se é que S. Ex.a pôde ouvir o que se lhe diz, que o mappa do seu Relatório de que ha pouco fez menção, foi

S. Ex.a o próprio que confessou que não era.exacto. Pois se este mesmo não e' exacto, qual e' a razão porque S. Ex.° não continuou antes com as publicações mensaes; e para que substituiu essas publicações mensaes por esse mappa inexacto, a que S. Ex.a não chamou precioso, mas que também, e um mappa 1 Pois se S. Ex.a conhece e confessa que esse mappa não e' exacto, porque não continuou antes com a publicação aos mezes, que, ainda que imperfeito er;a mais regular, e fácil de se poder examinar?
S. Ex.a diz que não quer dar lições aos Ministros das nações estrangeiras; rnas parece que sim.
S. Ex.a diz que a receita excede muito ao que estava lançado no Orçamento. Ora o Sr. Ministro com esta declaração faz crescei; a agoa. na boca a todos-os dependentes, do Thesouno.v S.-Ex.a foi. impruden-tissimo coió, esta declaração. Realmente djzer-se en> um. Paiz aonde o actual Ministério em. §0 mezes atra-zou 7, por,q,ue se deviam 6 quando estes Senhores entraram para o Ministério, e hoje devem-se 13 ás, classes activas;, em um Paiz aonde os Ministros en-, tenderam, dever fazer uma Lei a seu favor para se, pagarem a si próprios em dia; dizer S. Ex.a que a> receita tem sido muito maior do que estava calculado no Orçamento, é na verdade imprudência.