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podér dar o parecer declarando se o governo tinha ou não ultrapassado os limites das suas attribuições; seguiu-se a discussão de que todos se recordam, e em logar de ser remettida a proposta á commissão de legislação, foi á commissão de infracções.

Eu não tenho a louca vaidade de me persuadir que estou no caso de entender e explicar o codigo melhor do que qualquer sr. deputado que o quizesse abrir e estudar; nunca passou por mim similhante idéa; mas o codigo commercial portuguez é o meu livro ha mais de vinte annos. V. ex.ª occupando a cadeira da. presidencia que tão dignamente occupa, V. ex.ª estando a respeito do codigo commercial portuguez no mesmo caso que eu, e não podendo entrar no debate, parece-me que eu era chamado a interpor a minha opinião, pelo menos quanto á intelligencia dos artigos do codigo, e parece-me que na minha posição faltaria a um dever se não pedisse a V. ex.ª que me désse a palavra para dizer duas phrases, ainda que não fosse senão para explicar praticamente, como disse, o modo porque deve ser entendido esse artigo do codigo. Eis-aqui o motivo por que pedi então a palavra, e o motivo principal e mais forte que me obriga agora a tomar parte n'esta discussão.

Quem vem pois á camara cumprir um dever como me parece que tenho mostrado, entendo que esta no caso de merecer que os seus nobres e illustres collegas lhe relevem as faltas que commetter. Debaixo d'esle ponto de vista entrarei na questão. (Vozes: — Deu a hora, é melhor começar ámanhã.) Então peço a V. ex.ª que me reserve a palavra para ámanhã. (Vozes: — Muito bem.)

O orador foi comprimentado por muitos srs. deputados.

O sr. Presidente: — A ordem do dia para ámanhã é a continuação d'esta discussão e os projectos n.°s 27, 31 e 18. — Está levantada a sessão.

Eram quatro horas da tarde.