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pitai, no caso de que a companhia das aguas não comece os seus trabalhos dentro de tres mezes.

50:000$000 réis para a demolição das casas proximas á travessa dos Gatos.

50:000$000 réis para arborisar o terreno que vae da encosta do Castello até á Penha de França. = José Estevão.

Foi admittida.

O sr. Gaspar Pereira da Silva: —.................

O sr. Estevão Palha: — Sr. presidente, não uso da palavra para fazer um discurso e sim unicamente para declarar o meu voto. Tenho para com os srs. ministros a maior consideraçao, respeito o seu caracter, e com alguns d'elles tenho relações de amizade e por isso custa-me e custa-me bastante ler de dizer n'esta casa, que não tenho confiança em ss. ex.ªs em relação á questão que se agita, e não tenho confiança porque quando ss. ex.ª se sentavam nos bancos da opposição comprometteram-se perante o paiz e perante o parlamento a que entrariam no caminho das reformas e das economias, se chegassem a occupar os logares que hoje occupam, e estando já ha longo espaço de tempo na gerencia publica, ainda não vi que apresentassem medidas tendentes a verificar essas reformas e economias que ss. ex.*3 prometteram. Não quero dizer com isto que acredito que as economias e reformas serão sufficientes para nos habilitar a fazer tudo quanto carecemos; mas entendo que é moral, que é justo, que homens que se linham compromettido para com o paiz e para com o parlamento a entrar n'este caminho, o tivessem encetado. Entendo que se das economias não se póde fazer tudo, alguma cousa se poderia e podera fazer; pois que entendo que ha muitos e variados ramos de administração do estado que carecem de reforma. Vejo secretarias d'estado cheias de gente, sendo alguns dos empregados de grande utilidade para o serviço do estado, mas outros para nada servem; vejo um corpo diplomatico tão grande e despendioso que só estaria em harmonia com as nações mais ricas; e hoje mesmo nos paizes onde ha questões diplomaticos importantissimas e de grande alcance a tratar, como as que tem e póde ler a França e a Inglaterra, ahi mesmo, quando precisam tratar de algum negocio grave, não o deixam a cargo do ministro residente na respectiva localidade, mandam um homem ad hoc pira o tratar; por consequencia entendo que precisâmos de uma grande reforma no nosso corpo diplomatico.

E para não estar a cansar mais a camara digo, que se os srs. ministros occupassem ha um mez as cadeiras que hoje occupam e viessem pedir um emprestimo, votava de muito boa vontade para que esse emprestimo se concedesse, com tanto que estivesse de accordo nos meios propostos para o pagamento do juro e amortisação; mas occupando as cadeiras do ministerio ha mais de um anno e não tendo encetado o caminho das reformas e economias, em que prometteram entrar quando fossem poder, não posso por isso ter confiança em ss. ex.ª nem votar a favor do artigo 1.° do projecto em discussão. (Apoiados.)

O sr. Seixas e Vasconcellos: —.....................

O sr. Affonso de Castro (sobre a ordem): — Mando para a mesa um parecer da commissão do ultramar.

O sr. Lobo d'Avila: —...........................

O sr. Presidente: — A ordem do dia para ámanhã é a continuação da de hoje, e alem dos projectos dados, mais os projectos n.os 29, 30 e 35.

Peço aos srs. deputados que se reunam mais cedo, porque hoje a sessão abriu-se á meia hora depois do meio dia. Está levantada a sessão.

Eram quatro horas da tarde.