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Forcai eu'espero que se considere a differença de fixlensão que lia entre uma ponte e uma estrada, sem embargo de grande custo da primeira; e sobre tudo aimmensa resistência que olTerecem os granitos bem ligodos do pavimento da ponte, comparada com a necessidade diária e contínua de reparos que se fazem nas estradas por mais solida que seja asna conslíucçào. A este respeito, fallando em geral, devo dizer, eu piefiro o pagamento mais suave ainda que por mais tempo, ao pagamento por menor espaço, poiem de maior gr.ivame para os viandantes. Algum dia dizia-se nesta Casa que o Governo queria ftizer pe»ar sobre c.s gerações futuras o pagamento dos eojprestimos tomados para nos libertar do despotismo : e tinlia-se esta herança por uma grande crueldade; mas eu digo, que sendo os bens que fazemos uo Paiz transmissíveis a nossos netos, não c mau que ajudem a pag«if o que esses bens custam — crueldade seria fazer pesar tudo sobre o* presentes, deixando exclusivamente o beneficio para os vindouros. Entremos pois na discussão do Projecto em especial. Durante ella o Governo aqui deve estar para nos esclarecer: julgo que o poderá fazpr suficientemente, ainda que não tanló como poderíamos desejar, se fosse possível. E^ta confiança que lenho em que o Governo nos esclarecerá snfficientemenle, pôde ser que prevaleça da tendência que sempre tive para desculpar e defender a Administração: — talvez que o habito que nesta Casa conlrahi seja parte para sustentar esta inclinação; mas o certo e que o Governo Ka de estar presente á discussão dos artigos de uru Contracto que fez, « assignou ; e deve justificar sua feitura, o que creio que fará satisfatoriamente. Agora , pelo que respeita ás únicas medidas que de nós dependem para a confirmação ou rejeição do Contracto, não se creia que estas só consistem nó estabelecimento do direito de peagem , numero de barreiras, e du rd cão da cobrança daquelle direito. Muitas outras cousas são medidas legislativas, como v. gr. a largura das estradas, e seus foscos, etc. ele. Estou persuadido que todos nós, qualquer que seja a nossa differença de opinião, queremos que a Província do Minho seja enriquecida de boas estradas; e por isso não lenho motivo de recear que o Projecto deixe de ser admillido á discussão para que com a \naior brevidade possível examinemos as particulares provisões, e estipulações do Contracto; e vejamos se e possível fazer algum bem a esta parle do Reino, em quanto não o vimos estendido ás outras Províncias, que delle igualmente carecem, (Apoiados.)

O Sr. M. A. de Casconceltos:—Sr. Presidente, eu queria dizer a rainha opinião, acerca deste Projecto: (f'ozcs — votos-, vol<_:s que='que' nada='nada' outras='outras' votos='votos' tag0:_='especialidade:_' pedirem-se='pedirem-se' se='se' poilo='poilo' essa='essa' para='para' camará='camará' mas='mas' _='_' como='como' a='a' fozesvotos='fozesvotos' quer='quer' membro='membro' rpservar-me-hei='rpservar-me-hei' p='p' eu='eu' na='na' discus-ião='discus-ião' generalidade='generalidade' matéria='matéria' ouço='ouço' da='da' votar='votar' xmlns:tag0='urn:x-prefix:especialidade'>

Cotnmissão desejasse djr algumas explicações.....

O Sr. J. M. Grande .—Parece-me, Si. Presidente, que a discussão sobre esta matern se não pôde abafar: tracta-se de impor liibutos a uma parte do povo, e pois necessário, que todos os Srs. Deputados, pelos menos alguns delle« , sejam ^uvidos, no raso de lerem a palavra, porque esta discussão exige de nós que sejamos mui circumspectos.

O Sr. M. A. de fiasconcellos : —Então eu vou porque escuso de estar parado. (Riso.)

Sr. Presidente, foi presente á Commissão o Contracto em discussão para ella dar o *ÍMI Parecer sobre a conveniência, ou desconvemencia delle; a Commissão entendeu que a conslrucrão das estradas não podia ser ananjada, senão ou por conla do Governo, ou por faxino dos Povos , ou por empreza , ou por osysterna mixto de qualquer de.stcs três meio?, Para se arranjarem aseslradas por conta do Governo era preciso estabelecer um iributo gemi por toda a, Nação, e altendendo ao estado de destruição em que cilas estão, estou persuadido, e a Nação também, que se havia de pedir pelo menos í), ou (5 aimos para se fazer uma estrada lá n'um canto do Reino, e por similhante methodo, quando acabássemos a ultima, já a primeira estava muito peor do que antes de se Jhe ter mexido: pelo «yslerna das faxinas, Sr. Presidente, também não podia ser, nem entendo que se faça, porque um tal syslema só e compaiivel com o despotirno, não se compadece com o Governo Constitucional: mas Sr. Piesidente, no caso que se adoptasse este methodo, então havíamos de trabdlhar todos, devia fazer-se uma Lei que obrigas-e proporcionalmente ás faxinas os haveres de cada um; mas eu estou persuadido q-je se tal Lei apparece?se, e se dissesse — assim como um jornaleiro dá um dia, que vale 200 reis, para o trabalho, o homem que tem unte rui I cruzados deve dar 200^000 reis pelo menos , porque esta e que e' a proporção, estou persuadido que não haviam de haver forças humanas que ob'i-gasseio os ricos a contribuir ne-;ta proporção.