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que trJ suceda, lamentando as dificuldades que tem contribuído para que se não tenham realizado as aspirações de tocos aqueles que se interessam pelo património nacional, de todos aqueles que entendem que Portugal deve manter, ante as nações coloniza-loras, o lugar quo conquistou, aperfeiçoando-se sucessivamente, desejando antrs servir do modelo, do quo de exemplo de atraso e de incúria.

E a incúria tem sido espantosa.

O nosso domínio colonial ':om andado nas bocas do mundo, e a nossa legislação tem sido desfiada e comentada para se concluir que tudo ora papel v?Iho o ina-provpiíávcl.

E com a tendência patente da União •Sul-Africa^a, para se constituir rapidamente em nm grande império, não podemos ps!\i>c.necer adormecidos, sob pena ds sermos mergulhados na caldeira em ebulição, • A África do Sul... O sul cie Moçambique ... O sul e lesto de Angola... São caixinhas c'e surpresa, que, na presente ocasião, não podem ser abertas perante as galerias, por um sem número de razões, que o Sonado não desconhece, certamente.

E par:i quem lê os jornais do Trans-vaal. do Durban e do Cabo e os i ornai s

o

coloniais ingleses, e para quem observe com atenção um certo número cê actos e de -facto s. . . a perspectiva é má e a impressão desoladora, porque a^rás deles só ouvem bramidos de feras, o tufão e o vendaval, desencadeando ruídos de mares.

Oxalá qne em 1918, quando as potências assinarem o tratado da paz, não se repita r, triste história de 1815, não obstante fefr altívantada e liai a nossa cooperação r.a presente conflagração mundial, em quo a nossa velha aliada, a nob::e In-glatorri., luta, como em fins de século xvm e princípios do século xrx, pela sua existência.

Quo tremenda expiação seria neste caso para ne:;. pelos erros crassos cometidos na política e na administração colonial.

E as expiações são sempre prejudiciais às naçors.

X ao faço mais considerações sobre o assunto, não só por não desejar fatigar a atenção do Senado, como também por não ser possível, na hora presente, uma discussão ampla e livre.

Todavia repetirei que a conjuntura é realmente muito séria, e que é tempo de

Diário das Sessões do Senado

estarmos acordados, pois há nuvens negras e pesadas no horizonte. •

Sr. Presidente: Agora., permita-me Y. Ex.a que aproveite a oportunidade de éster no uso da palavra, para mandar para L Mesa uru recorte do importante jornal flhe Shanghai Times, e pedir a publicação da local, na íntegra, no Diáriodas Sessões do Senado, a fim de ficar constatado que razão — emuita — eu tinha quando,, ein 18 de Maio do ano findo, disse nesta sala, referindo-me à prisão de dez portugueses por ordem do ex-cônsul Gas-tão Barjona de Freitas, que o advogado Constando José da Silva era vitima da má vontade daquele noâso representante para com este ilustre cidadão, e, também, para com a parte mais importante da ordeira e laboriosa comunidade macaense.

A Justiça proferia já o seu veredictum sobre os graves delitos e abomináveis cri-,nes de que eram acusados o distinto jornalista e seus filhos Luís e Francisco, e a iionra dos três republicanos ficou comple-tamente ilibada da menor sombra, da menor mancha.

Tanto basta para todas as pessoas de "nem, como aqueles meus amigos são, in-q Losrionávelmenti1.

Daqui lhes envio, pois, pela vitória moral que obtiveram, um grande abraço, e as riais entusiásticas saudações.

Tenho dito.

Segue a publicação requerida pelo Sr. Senador António Ãrez: