O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

Diário das Sessões do Senado

sura co sentido de fazer o q ao se tem feito.

O Orador:—As instruções dadas silo simplesmente estas: que se ins-pirem nos interesses co país.

S. Ex.a referiu-se também a assuntos que dizeDi especialmente respeito às pastas das Finanças, Guerra e Fomento.

Eu. transmitirei as considerações de S. Ex.a aos respectivos Ministros. j6 o que posso dizer a S. Ex.a

O orador não reviu.

O Sr. José de Castro:—Pedi a palavra simplesmente para agradecer ao Sr. Ministro da Marinha as suas delicadas palavras e pedir-lhe instantemente para que junto de Governo faça tanto quanto pos-sivel para que sejam atendidas as minhas observações.

O Sr. Gaspar de Lemos: — Peço a V. Ex.a a ânoza de consultar o Senado sG-bre se ne concede licença para ir depor como testemunha num processado Tribunal do Comércio.

Consultado o Senado foi concedida.

O Sr. Silva Gonçalves: — Si*. Presidente: eu tinhc, pedido a palavra ")ara quando estivesse presente o Sr. Ministro da Instrução. '

Felicito-me vivamente por S. Ex.a tci1 chegado neste momento, pois são muito interessantes e cheias de gravidade as consideraçõss" que tenho a fazsr.

Sr. Presidente: há em Portugal n:n benemérito que, em várias terras do n^rte, teta mandado construir edifícios escclares e tem levantado "asilos, para ministrar o pão de esDÍrito às crianças e para socorrer a velhice, que, no declinar da, vida, na'derrr.deira hora, muitas vezes não tem o regalo da mais comesinha comodidade — nem um bordão para se apegar, nem um lume para se aquecer, nem nma fetia de pião para enganar o estômago.

Esse benemérito, Sr. Presidente, não se limita apenas a levantar paredes de edifícios mais ou menos elegantes. Faz muitas doações generosas às escolas para •estímulo dos alunos, e aos asilos para subsistência dos velhinhos venerandos.

Kefiro-me ao Sr. José Francisco Correia, Conde de Agrolongo. Este senhor

nasceu num encantado recanto do Minho, onde eu tive o meu berço também.

Conheço perfeitamente o rasgado al-truismo desse prestimoso cidadão que tem espalhado grandes benemerOncias ao longe e ao largo.

^Quere V. Ex.a, Sr. Presidente, e que-re o Sr. Ministro da Instrução ver como os Governos deste país tem animado este grande benemérito para ele prosseguir na saa tarefa simpática, nobilitante?

O Sr. Conde de Agrolongo mandou construir na sua terra natal edifícios para escolas primárias de ambos os sexos e dotou com eles o Estado.

Deu também ao Estado 9.000$, em inscrições nominais do Governo.

O rendimento desses 9.000$ deve ser aplicado deste modo: 50$ em prémios às crianças; 60$ em reparos nos edifícios e seguro contra fogo, e 79$ em livros e vários utensílios escolares.

Há um regulamento privativo da comissão de beneficência da mesma freguesia, aprovado pela Direcção Geral de Instrução Primária em 11 de Maio de 1908.

Com estes incentivos, as escolas oficiais de S. Lourenço de Sande eram muito frequentadas, excepcionalmente concorridas, porque os pequeninos mais pobrezinhos nohani gratuitamente livros e tudo quanto era preciso para urna frequência escolar eficaz.

Aos alunos eram distribuídos prémios ca: dinheiro, vestuário, etc., poderoso, de-ciàido es':ínralo para atrair as crianças á escola com assiduidade.

j Pois, Sr. Presidente:: desde 1912 até agora o Estado não tem dado à comissão de beneficência a que me referi, para ela cumprir o seu dever, — riem um centavo!

Estão os fornecedores-credores a reclamar constantemente, em vão, o pagamento de mais de 200$.

Falei já nisto uma vez aqui, quando se discutiu o orçamento do Ministério de Instrução. S. Ex. o Sr. Pedro Martins não estava presente nesse momento. Mas o Sr. Afonso Gosta, que então me respondera, disse-me que apresentasse eu um projecto de lei, para serem abonadas aquelas verbas às escolas de Sande.