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Sessão de 11 de Marco de 1921

cutida o aprovada com a presença do Sr.. Ministro dos Negócios Jistrangeiros.

Tenho dito.

Lida na Mesa a moção do Sr. Sousa Varela, foi admitida e ficou em discussão.

E a seguinte:

Moção

O Senado, tendo sempre na mais alta consideração" os interesses do país e da República, faz votos para que o Poder Executivo empregue as maiores diligências junto dos Gvernos da França e da Noruega, a fim do que tenham entrada naqueles países os nossos vinhos licoro-sss o de consumo.— O Senador, Sonsa Varela.

O Sr. Fernandes de Almeida: — Como representante da região do Douro nosta casa, cunipre-mo o dever do dizer algumas palavras sobro o assunto de que trata a moção do Sr. Sousa Varela.

Esta questão dos vinhos é da mais alta importância para a economia de todo o país, e eu tinha já o firme propósito, assim que fosse discutida nesta casa a deliberação ministerial, de mandar para a Mesa uma nota de interpelação ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros sobro ôste assunto. Mas o meu ilustre oc-lega Sr. Sousa Varela antecipou se-me, mandando para a Mesa a moção que acaba de ser lida. Todavia, entendo que um assunto de tal magnitude devo sor discutido com a presença do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, que deve possuir elementos para' elucidar a Câmara, visto uma tal questão ter já sido ventilada lá fora com nma certa violência, e nas associações, que tom por dever defender os interesses da região de que sou representante.

Eu devo dizer a V. Ex.1"1 que acho mais conveniente que este assunto seja ventilado seguidamente a terminar o debato político nesta casa, proveniente da apresentação do novo Ministério.

Tenho dito.

O Sr. Pais Gomes:—Sr. Presidente: longe do mini estava o ter do tomar parto também neste debate.

O orador que me precedeu acaba de afirmar que era disposição sua dirigir oportunamente ao Sr. Ministro dos Negó-

cios Estrangeiros uma nota de interpelação sobre este assunto. Por outro lado, o Sr. Sousa Varela, ao fazer as suas considerações, por sinal muito oportunas o com toda a lucidez, afirmou também que o fazia por força "de circunstâncias que determinavam a sua ausência por algum, tempo aos trabalhos do Senado, por o-seu estado de saúde lho não permitir ser assíduo.

Naturalmente a discussão dessa moção com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros exigirá também a presença do Sr. Sousa Varela, que não temos a certeza de se conseguir.

Nestas circunstâncias, reconhecendo-se a importância do assunto e a conveniência que há em que elo seja tratado directamente com o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, mas, por outro lado, dan-do-so a possibilidade de não estar prescn-o Sr. Sousa Varela, que o levantou nesta Câmara o tendo o Sr. Fernandes do Almeida afirmado que era intenção sua dirigir ao Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, uma nota de interpelação sobro o-assunto, nada julgo mais oportuno quo votar essa moção e aguardar a presença do Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, para então o Senado se inteirar devidamente da questão.

O Sr. Catanho de Meneses: — Eu reconheço a grando importância do assunto a que a moção diz respeito.

Ela contende cem os interesses mais vitais da nossa agricultura, pois, sendo o nosso país essencialmente vinícola, tem necessidade de colocar os seus produtos, e essa colocação'virá efectivamente fazer com que a crise que atravessamos, seja bastante atenuada.

Mas, visto que se trata do um assunto em quo deve intervir directamente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, eu achava de toda a conveniência que, antes-de a Câmara se pronunciar de qualquer modo sobre esse assunto estivesse presente o Sr. Ministro dos Negócios Estrangeiros, para quo a questão fosso tratada-na presença de S. Ex.a, que pode esclarecer o Senado devidamente.