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de 26 de Janeiro de 1926

O cuidado na conservação do edifício «chega a isto: chove lá dentro, perdem-se •documentos valiosos e ninguém "manda fazer as obras necessárias para que o •edifício se não deteriore e o que ele contém.

Isto é onde pode chegar o desleixo, e creio que esta palavra ainda é demasiado branda para o caso.

Os outros monumentos estão no mesmo abandono. O de Mafra tem o sino grande quási a cair, porque não o reparam devidamente. Daqui a pouco cai, e irá certamente destruir uma parte da cantaria.

O. mesmo sucede em Tomar.

Eu não sei a quem devo dirigir-me. Ninguém faz nada c eu já não sei como classificar esse procedimento das nossas autoridades.

Estou convencido de que V. Ex.a, vSr. Ministro da Justiça, se fosso assunto em que tivesse interferência já teria tomado as devidas providências, mas os outros Srs. Ministros n3.o ligam ao caso a menor importância!

Aproveito o estar no uso da palavra para pedir ao Sr. Ministro dá Justiça o favor de lembrar ao seií colega do Comércio que há uma ponte perto de Ode-mira que está quási -abatida.

O resultado deste estado de cousas é a povoação ficar completamente separada do resto do país, porque estando a ponte abatida não se podo passar do um lado para outro.

Mais pedia a V. Ex.a que lembrasse 2co Sr. Ministro do Comércio a fineza especial de olhar para a estrada que vai do Beja à mina do S. Domingos, porque ela tem um movimento enorme de viaturas e muitas delas já por lá não passam porque a estrada está verdadeiramente in-transitváel.

É preciso que o Sr. Ministro; olhe um pouco para estas cousas o faça com que a estrada seja remendada, atamancada ou então arranjada decentemente para que o trânsito se possa fazer sem perigo e sem prejuízos .para o comércio daquela região.

'O Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos

fCatanho de Meneses): — Sr. Presidente: o meu. ilustre colega nesta Casa do Parlamento, Sr. 'Eamos da Costa, não merece .senão louvores '-pelo cuidado e atenção

que lhe merecem os nossos monumentos nacionais.

Ji< uma qualidade para louvar extraordinariamente. S. Ex.a tem sido um grande e estrénuo defensor dos nossos monumentos nacionais, monumentos que recordam a nossa glória e que servem para afervorar a nossa crença no futuro.

Vou transmitir aos meus ilustres colegas as considerações de V. Ex.a, devendo. 110 emtanto dizer no que toca ao palácio da Ajuda que quem está a cuidar de alma e coração desse .edifício é o Sr. Dr. Custódio José Vieira.

Eu lhe comunicarei no entretanto as observações de V. Ex.a e estou convencido de que S. Ex.a fará quanto em si caiba para quo não volte a chover lá dentro.

O Sr. Lima Duque: — Sr. Presidente: pedia a V. Ex.a o obséquio de me informar se o Sr. Ministro da Guerra já se dou por habilitado para responder à interpelação que mandei há tempos para a Mesa.

O Sr. Presidente : — Não deu.

O Orador:—Não admira. Espero todavia que o Sr. Ministro da Guerra não se demore em se dar por habilitado porque os Ministros não se fazem conhecer só por os diplomas quo publicam no Diário do Governo.

O Sr. Afonso de Lemos: — Sr. Presidente: referiu-se o Sr. Ramos da Costa ao estado miserável em que se encontra a torre de Belém.

Eu posso falar de cadeira no assunto, porque como V. Ex.as sabem quando eu fui vereador na primeira vereação republicana que tinha como presidente o Sr. Braamcamp Freire, eu instaurei um processo contra a Companhia do Gás e fi-la sentar no banco dos réus por causa da torre de Belém.

Toda a gente sabe que o assunto foi tratado no Tribunal do Comércio tendo o júri por unanimidade sido a favor da Câmara.

Apesar disso o juiz considerou o caso não de natureza comercial mas sim de natureza civil, o eu propus que o caso fosse entregue aos tribunais civis.