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Diário das Sessões do Senado

reiras— o que não quere dizer que não iiouvesse guerreiros que mereçam ser mencionados na história — se não há um ^político como foi Bismarck, há, Sr. Presidente, nesta guerra figuras morais que passarão os umbrais da história, como das mais altas de que se orgulha a huma-aiidade.

-Cito duas: Presidente Wilson, o grande idealista que toda a humanidade recorda <ôm que='que' tam='tam' pe-çrante='pe-çrante' cardeal='cardeal' e='e' invasores.='invasores.' dos='dos' o='o' p='p' as='as' grandiosa='grandiosa' violências='violências' reconhecimento='reconhecimento' mercier='mercier' atitude-manteve='atitude-manteve'>

Associo-me, pois, ao voto de sentimento proposto pelo desaparecimento dessa jgrande figura, o Cardeal Mercier, exemplo vivo de patriota, de firmeza e de humildade crista.

J- Tenho dito.

O Sr. Vicente Ramos:—Sr. Presidente: pedi a palavra para, pessoalmente, me .associar ao voto de sentimento proposto pelo Sr. D. Tomás de \rilhena pela morte. ílo Cardeal Mercier.

O Sr. Ministro da Justiça e dos Cultos,

í(Catanho do Meneses): — Sr. Presidente:

Conheço um pouco a acção poderosís->sima exercida pelo grande Cardeal Mer-<íier como='como' à='à' que='que' a='a' e='e' abne-gação='abne-gação' ezército.='ezército.' tgrande='tgrande' bem='bem' pá-vtria='pá-vtria' tivesse='tivesse' p='p' dizer='dizer' se='se' pode='pode' um='um' firmez='firmez' bélgica='bélgica' valeu='valeu' pela='pela' sua='sua' dedicação='dedicação'>

Sr. Presidente: não aprecio aqui o Cardeal Mercier pelo seu lado religioso: apre-•cio-o pelo seu lado político e civil; apre-'«io-o por esta grande religião, que é a da humanidade, e ele foi um verdadeiro apóstolo da humanidade. Não quere dizer que «eu, com estas palavras, queira desmerecer, jiuni ápice sequer, a fé ardente, sincera e •devotada do eminente eclesiástico. Não, •senhores.

Eu curvo-me perante essas crenças que ^representam a convicção, a fé, que dá .talento. Quero apenas significar que o Cardeal Mercier, além de ser um grande ^apóstolo da cristandade, era, sobretudo, oim grande .apóstolo da hmmanidade. A -sua acção foi vivíssima. Escreveu o seu aioine com letras que nunca mais se apa-;gam nos anais da História. A sua fé e o

seu patriotismo eram tais, que, depois da sua morte, a sua figura ainda se apresenta mais elevada e como que aureolada pela gratidão de todos nós, pela saudade que sentimos de ver desaparecer da terra um espírito tam bondoso e tam justo como foi o Cardeal Mercier.

O Sr. Herculano Galhardo: — Proponho que à proposta do Sr. D. Tomás de Vilhena se adite o seguinte:

«Que o Senado dê conhecimento ao Senado da Bélgica da manifestação de pesar que vai sor votada».

O Sr. Presidente:—Eu considero a proposta e aditamento aprovados por unanimidade.

Muitos apoiados.

O Sr. Álvares Cabral: — Eu tinha pedido a palavra para quando estivesse presente o Sr. Ministro da Agricultura para cumprimentar S. Ex.a e para lhe dizer que me congratulo por ver aquela pasta ocupada por um'novo cheio de talento e com grande vontade de trabalhar.

Eu sou daqueles que entendem que a pasta da Agricultura é das mais importantes e onde tudo está por fazer. Quando vivi nos Açores, a par da minha vida oficial, fui um pouco agricultor e, por isso, tenho uma certa paixão por tudo que se relaciona com a agricultura.

Fui mesmo um dos primeiros que cultivaram a beterraba sacarina, que é uma cultura bastante intensiva.

Eu sei que S. Ex.a tem no seu Ministério altas competências. Tem agrónomos muito ilustrados, mas que, mercê de várias circunstâncias, se acham quási todos em Lisboa.

Fui informado de que todos eles estão em comissões regulares em Lisboa, não porque devam estar fora e estejam cá abusivamente, é bom frisar isto.

Mas o que é facto é que se em Lisboa são precisos engenheiros agrónomos, com muito mais razão eles são necessários junto das grandes culturas cerealíferas.

Afigura-se-me que, com o emprego de adubos e processos adequados, será talvez possível intensificar a cultura de forma a acabar-se com o déficit cerealífero.