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•Sessão de Ô e 6 de Fevereiro de 1926

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sã trazer mais vantagens, pela simples razão de não termos a sua paternidade nos opuséssemos à sua adopção.

Só nos domina nesta questão o desejo ardente de que se resolva o melhor ;possível.

Fazemos esta declaração peremptoriamente, mesmo ato para tapar a boca .-àqueles que afirmam que nós queremos a végie para um novo regabofe. Baseada ziesta fórmula e com a nossa rubrica nun-•ca a proposta poderia ser apresentada ao Parlamento.

De maneira que, Sr. Presidente, temos já sintetizado dois pontos de vista essenciais— o Orçamento e tabacos. Vai -ainda ser presente ao Parlamento uma proposta sobre estradas, assunto esse de magna importância e que carece realmente do ser resolvido.

Falta carrilar a questão colonial referente a todas as colónias, e, de momento, em relação a Angola e Moçambique. Ultimamente, em Conselho de Ministros, quási que não temos tratado doutra ques-áão senão da colonial, assunto esse que procuraremos resolver sem prejuízo da metrópole, pois estou corto de que aumentando a sua capacidade tributária o exercendo uma acção política c diplomática conveniente será possível conseguir para as colónias uma situação mais desafogada que a que tem actualmente.

Há quem tenha receio do ingresso de -capitais estrangeiros nas nossas colónias. Eu não tenho nenhum, desde quo esse ángresso se faça nas devidas condições. É mesmo para isso que servem os homens políticos.

Dentro das próprias colónias há questões que também precisam de ser estudadas com cuidado.

O sul de Moçambique queixa-se do norte, e ninguém podo contestar que não tenha razão.

Esta província tem a^ sua capital colocada num centro influenciado por uma ^colónia que tem condições de vida, mesmo de costumes, inteiramente diversos •dos nossos. E quando muita gente receia •que o norte vá contra o sul, numa guerra parecida com a da antiga América do Norte, eu digo que isso é uma pretensão exagerada.

O norte vê o sul parasitário. O norte wê-se representado numa parte mínima

nos conselhos legislativos da colónia. O norte quere andar e não encontra o auxílio de toda a província. Natural ó que exija, e não quero dizer que bata o pé, mas mostra por várias formas o seu descontentamento, e tem razão. £ Porque negá-lo ?

Evidentemente temos de procurar uma situação para essa colónia, que, tendo uma balanç/» de pagamentos importante, é deficitária em matéria de produção.

Entravada um pouco a acção do Governo, embora por um período um pouco longo, porque eu confio absolutamente na acção parlamentar, tudo dependendo da maneira como se conduzem as questões, e integrados todos os esforços, carrilada, portanto, a questão colonial, re-" sol vido o problema da lei de meios, resolvida a questão das estradas e aperfeiçoada a parte dos fósforos, pregunto eu à consciência do Senado, através de tam alta representação do país: £ Há o direito de dizer qne é pouco, se tal conseguirmos desta sessão legislativa? Eu digo que não. Estou convencido de. quo todos os que me ouvem pensarão igualmente da mesma maneira.

Há pessoas apostadas em considerar este modo de ver do Governo como um acto criminoso.

Temos apresentado todo o nosso modo de ver à consideração do Parlamento por uma forma honrada e com a consciência bem elevada._

£ Nestas condições, assiste-nos ou não o direito de castigar aqueles que sistematicamente querem perturbar a sociedade, que se revelam por uma forma criminosa, que se dedicam a publicar pasquins dizendo que hão do matar toda a gente, insultando todos numa linguagem despejada? £ Pode permitir-se isto, dizendo a soldados e sargentos que se revoltem e matem ?

£ Tinham alguma razão contra nós ou contra o Parlamento? Afigura-se-me que não. E emquanto aqui estiver hei-de fazer a repressão de todos esses actos criminosos com energia e sem violências.

Vozes:—Muito bem.

Tenho dito.

Apoiados.