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248 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 67

João Ameal.
João Carlos de Assis Pereira de Melo.
João Luís Augusto das Neves.
João Mendes da Gosta Amaral.
Joaquim Dinis da Fonseca.
Joaquim de Oliveira Calem.
Joaquim de Pinho Brandão.
Joaquim dos Santos Quelhas Lima.
José Cardoso de Matos.
José Dias de Araújo Correia.
José Garcia Nunes Mexia.
José Luís da Silva Dias.
José dos Santos Bessa.
Luís Filipe da Fonseca Morais Alçada.
Luís Maria Lopes da Fonseca.
Luís Maria da Silva Lima Faleiro.
Manuel Cerqueira Gomes.
Manuel Colares Pereira.
Manuel Domingues Basto.
Manuel França Vigon.
Manuel Hermenegildo Lourinho.
Manuel José Ribeiro Ferreira.
Manuel de Magalhães Pessoa.
Manuel Maria Múrias Júnior.
Manuel Maria Vaz.
Manuel Marques Teixeira.
Manuel de Sousa Meneses.
Manuel de Sousa Rosal Júnior.
D. Maria Baptista dos Santos Guardiola.
Mário Correia Teles de Araújo e Albuquerque.
Mário de Figueiredo.
Miguel Rodrigues Bastos.
Paulo Cancela de Abreu.
Ricardo Malhou Durão.
Ricardo Vaz Monteiro.
Salvador Nunes Teixeira.
Sebastião Garcia Ramires.
Teófilo Duarte.
Tito Castelo Branco Arantes.
Vasco Lopes Alves.

O Sr. Presidente: - Estão presentes 78 Srs. Deputados.
Está aberta a sessão.

Eram 16 horas e 38 minutos.

Antes da ordem do dia

O Sr. Presidente: - Está em reclamação o Diário da última sessão.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Se nenhum dos Srs. Deputados deseja fazer qualquer reclamação sobre o Diário, considero-o aprovado.

Pausa.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados: tive há momentos a informação de que durante as férias do Natal tinha falecido a mãe do Sr. Deputado Frederico Vilar.
Certamente a Câmara desejará exprimir ao Sr. Deputado Frederico Vilar os seus sentimentos de pesar por esse acontecimento.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados: tenho sobre a Mesa um telegrama da família Antunes Guimarães com estes dizeres terrivelmente lacónicos: «Comunicamos dolorosamente notícia falecimento nosso pai - Família Antunes Guimarães».

Pausa.

O Sr. Presidente: - Srs. Deputados: estava-me reservado pela Providência o doloroso dever de, em nome da Assembleia, prestar à memória do Dr. Antunes Guimarães a homenagem que ela lhe deve, pelo afecto e pela veneração que por esta instituição ele tinha e conservou até aos últimos momentos da sua vida, e ainda pelos serviços prestados ao País pelo Dr. Antunes Guimarães. Faço-o com uma das maiores emoções da minha vida política. O Dr. Antunes Guimarães respirava, vivia o ambiente da representação nacional, como o ambiente e meio próprio, o ambiente de eleição do seu temperamento e do seu espirito.
A sua ânsia de servir o País, e designadamente de exprimir as aspirações das populações do Norte de Portugal, encontrava nesta instituição um instrumento idealmente adequado à sua compleição de homem ligado radicalmente àquela gente e àquela terra nortenha, como ele gostava de dizer, cujos problemas e cujas aspirações ele conhecia, sentia e vivia profunda e apaixonadamente.
Por isso, meus senhores, a Assembleia Nacional sofre com a morte do Dr. Antunes Guimarães um golpe rude, grave, profundo. Tinha a convicção inabalável da sua necessidade e da sua função no mundo político de hoje e de amanhã; tinha uma fé absoluta na sua sobrevivência às transformações das instituições políticas do nosso mundo em crise.
Por isso, meus senhores, não é apenas uma vaga, embora ilustre, que se abre nas bancadas da representação nacional; é no próprio espírito da instituição que ele amava, e em cujos destinos ele cria, que o luto ó mais. sentido e mais pesado.
Meus senhores: devemos pôr em relevo perante o País que o Sr. Vice-Presidente da Assembleia Nacional, que ontem se submergiu nas sombras da morte, era, porventura, um dos tipos mais acabados do homem público, quero dizer, do homem cuja consciência, superando o natural egoísmo dos interesses individuais ou familiares, vive a vida superior da colectividade e só por ela e para ela vibra e se consome nas suas exaltações ou nos dias. menos claros da sua existência.
Até ao último momento da sua vida, o Dr. Antunes. Guimarães manteve-se o homem público, pensando no Pais, amando o regime que serviu, e o seu espírito, ao eclipsar-se, fixava o futuro da Pátria, e na sua retina e no seu coração perpassavam ainda as figuras venerandas e simbólicas do Presidente da República e do Presidente do Conselho!
Inclinemo-nos, meus senhores, perante a sua memória honrada, a memória do homem de bem que viveu e morreu tendo no espírito um elevado pensamento de solidariedade nacional, humana e cristã. Fique no Diário das Sessões de hoje o tributo da piedade da Assembleia Nacional do homem que, durante mais de quinze anos,, por ela e para ela viveu e, através dela, por Portugal e para Portugal se consumiu e morreu.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Sebastião Ramires: - Sr. Presidente: era natural que, depois das palavras do V. Ex.ª, não houvesse outra atitude senão guardar silêncio e respeito pela morte do Dr. Antunes Guimarães.
Quero, porém, associar-me também à homenagem que V. Ex.ª tão brilhantemente acabou de prestar ao colega que nos habituámos a conhecer e a admirar numa longa caminhada desta Revolução Nacional, ao homem que, apesar de cansado e da sua idade, mantinha sempre a