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1016 DIÁRIO DAS SESSÕES N.º 149

da capital nortenha. Empresa arrojada para o meio, possivelmente revolucionária, estão-lhe ligadas questões de que noutro momento me ocuparei, como base do indispensável alargamento das barreiras da cidade, compatível com os seus empreendimentos, que deverão ser real e efectivamente pertença do Porto.
Sr. Presidente: só por um conjunto de circunstâncias firmemente estruturadas e especialmente criadas se poderia levar a bom termo a obra de admirável renovação e engrandecimento a que estamos assistindo, obra que as comemorações da data da Revolução do 28 de Maio eloquentemente mostraram em toda a sua grandeza. O Governo deve sentir-se orgulhoso pela acção exercida, dentro dos princípios rígidos duma administração substancialmente valorizante do património que os nossos maiores nos legaram.
Tudo está dito, mas não é de mais repeti-lo, visto os homens nas suas fraquezas esquecerem, muitas vezes, a grandeza dos acontecimentos que dão vida e projecção a um povo, olhando os factos de transcendente relevo através de prismas diminutivos da sua projecção.
Salazar foi e continuará a ser o grande e infatigável obreiro da Revolução, seu chefe incontestado, inteiramente digno de ser exaltado no seu génio criador e reformador de tudo quanto importa ao progresso e ao prestigio da Nação e à grandeza do Império. O povo português acaba de inequivocamente confirmar os sentimentos de respeito, admiração e gratidão que inteiramente lhe dedica e lhe deve.
Nessa justificada admiração, nesse constante respeito e nessa bem merecida e bem ganha consideração vai todo o sentimento de gratidão para com o eminente homem de Estado, o maior de todos, glória de uma Pátria que sempre honrou, dignificou e engrandeceu na fecundidade do constante e intenso labor abençoado por Deus. E o Porto, cidade do trabalho e cidade da Virgem, jamais esquecerá quem tão devotada e tão abnegadamente trabalha a seu favor e por seu bem, sempre a bem da Nação.
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Proença Duarte: - Sr. Presidente: no passado domingo o Sr. Presidente da República visitou a cidade de Santarém, capital da província do Ribatejo.
A visita de S. Ex.ª, além do mais que para nós traduz, revela o interesse do Chefe do Estado por todas as manifestações da vida local deste país e, designadamente, manifestou especial interesse pela vida económica da província do Ribatejo, destacando a vida da agricultura, actividade ali predominante.
A bonomia e simplicidade com que acolheu todos quantos dele se aproximaram, a honra que conferiu à cidade de Santarém inaugurando o novo domus municipalis e a terceira exposição-feira do Ribatejo, que ali está decorrendo, e o interesse que manifestou por todas as actividades económicas que nela estão representadas impressionaram profundamente todos os ribatejanos, porque se aperceberam de que o Chefe do Estado se interessa por todos os problemas económicos e culturais de Portugal.
Em nome da província do Ribatejo, que de alguma maneira represento, quero deixar aqui consignadas palavras de justo agradecimento em nome dos Ribatejanos e em meu nome ao Sr. Presidente da República e afirmar que todos ficaram encantados e recolheram as melhores impressões da pessoa do Sr. Presidente da República.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Orador:-Sr. Presidente: são estas as palavras de homenagem e de agradecimento que eu aqui queria deixar consignadas ao Chefe do Estado.

Vozes: - Muito bem, muito bem!
O orador foi muito cumprimentado.

O Sr. Almeida Garrett: -Sr. Presidente: tem sido tão grande o interesse do Governo pela cidade do Porto, ultimamente manifestado por forma tão excepcional, que não ficaria de bem com a minha consciência, como Deputado da Nação, nado e criado nessa minha amada cidade, se não proclamasse aqui quanto ela está reconhecida, juntando o meu sentimento de gratidão ao de quantos, dentro dos seus muros, do coração aplaudem a acção governativa. Seria ocioso repetir a enumeração dos benefícios em causa, já por mais de uma vez citados; mas não devo deixar de destacar a generosa assistência ao Município para a edificação de casas para famílias de escassos recursos e respectiva urbanização, passo de evidente valia para a salubrização da urbe e normalização da vida de um importante sector social bem digno de protecção.
Bem haja um Governo que assim prova quanto lhe importa o bem social e o melhoramento da segunda cidade do Pais. Bem haja!
Tenho dito.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente:-Srs. Deputados: devo comunicar à Assembleia que fui convidado pelo Sr. Presidente da Câmara Municipal de Braga para, em representação desta Assembleia, estar presente nas festas comemorativas do XXX Aniversário da Revolução Nacional, que se realizaram naquela cidade.
Efectivamente acedi a esse convite e estive presente nos actos essenciais que assinalaram as comemorações.
É-me grato, neste momento, comunicar à Assembleia que as manifestações comemorativas em Braga assumiram um brilho e entusiasmo de verdadeira apoteose e deixaram em todos quantos a elas assistiram a certeza de que ali continua viva e forte a chama da fé nos destinos da Revolução Nacional.
O acolhimento de simpatia, de carinho e de respeito que em Braga, em todos os actos, foi dispensado ao Chefe do Estado, apesar do mau tempo, deram a impressão de que na capital do Minho, que bem pode considerar-se a expressão do Pais a tal respeito, os trinta anos decorridos em nada afectaram o dinamismo inicial da Revolução.

Vozes: - Muito bem, muito bem!

O Sr. Presidente:-Devíamos seguidamente entrar na ordem do dia que tinha sido anunciada. Todavia, as informações que tenho acerca dos trabalhos das comissões a quem foram mandadas baixar as propostas de lei sobre organização geral do Pais para o tempo de guerra e aquela que se refere ao Plano de Formação Social e Corporativa dizem-me que não se deve iniciar já a discussão sobre essas propostas, visto essas comissões não terem tido tempo para ultimar os seus trabalhos de preparação e estudo relativamente a esses diplomas.
Nestas condições, vou encerrar a sessão, designando a próxima para o dia 12 do corrente, começando então a discutir-se a proposta de lei que diz respeito à organização geral do Pais para o tempo de guerra.
Entretanto, permitam-me que recomende às comissões a quem foram mandadas baixar as outras propostas de lei que vão desde já ultimando o exame desses diplomas, de modo a estarmos preparados para a sua discussão