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DIÁRIO DAS SESSÕES N.° 148
sendo de assinalar, porém, o acréscimo de 4,2 por cento no índice referente a produtos do estrangeiro.
Como é habitual, após elevação com carácter sazonal nos primeiros meses do ano, o índice geral flectiu no decurso do 2.º trimestre.
32. Comparando o 1.° semestre de 1968 com o do ano anterior, os índices de preços no consumidor revelam em geral tendência ascendente, particularmente acentuada em Lisboa, cujo índice aumentou de 7,6 por cento.
O comportamento dos índices de preços no consumidor nos diferentes centros urbanos em que são efectuadas observações estatísticas deverá atribuir-se, em particular, à elevação das rendas de habitação e dos preços de bens e serviços incluídos em «diversos». Quanto aos preços de bens alimentares, os índices evidenciaram aumento moderado, excepto em Lisboa (5,2 por cento).
QUADRO IV
índices de preços no consumidor
(Médias semestrais)
[Ver Diário Original]
Importa também considerar a evolução mensal dos índices de preços no consumidor nas referidas cidades. Como se pode observar no quadro seguinte, registou-se contracção dos índices referentes a Lisboa e Faro. no decurso do 2.° trimestre, após a subida verificada no início do ano. Nas outras cidades os índices subiram (Porto e Viseu) ou mantiveram relativa estabilidade (Coimbra e Évora) ao longo da primeira parte do corrente ano.
QUADRO V
índices de preços no consumidor (a)
(Evolução mensal em 1968)
[Ver Diário Original]
33. Na mesma linha do comportamento observado nos últimos anos, o aumento de salários continuou a exceder a alta de preços no consumidor em 1967, garantindo-se assim a melhoria dos rendimentos reais do trabalho. A avaliar pelos respectivos índices, a tendência crescente dos salários pagos na agricultura revelou, porém, naquele ano, sensível abrandamento, enquanto os salários profissionais da indústria e dos transportes, em Lisboa e no Porto, aumentaram a ritmo idêntico ao verificado em 1966.
Na evolução dos salários agrícolas parece terem tido influência a redução de áreas cultivadas - ou de culturas que exigem abundante mão-de-obra, o desenvolvimento da mecanização, a redução do fluxo emigratório e o regresso de emigrantes. As diferenças existentes no domínio das remunerações e das condições de trabalho continuaram, porém, a estimular a transferência de trabalhadores do sector primário para outros sectores, pelo que persistiu a insuficiência da oferta de mão-de-obra para algumas actividades agrícolas.