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Para além do esforço dos descobrimentos, hoje património de toda a Humanidade, podemo-nos orgulhar, porque dos movimentos de libertação, solidários com as forças democráticas portuguesas, nasceram países livres, iluminados pelo progresso, marcando, com determinação, os caminhos seguros da nova África.
Esta verdade é tão grande, tão verdadeira, tão vincadamente nacional, que o Governo, da AD não teve estatura para a assumir ...

Vozes do PSD e do CDS: - Não apoiado!

A Oradora: - ... e embrulhou em mediocridade o Congresso das Comunidades Portuguesas e o IV Centenário de Camões, criando, a nível nacional, um vazio pelo qual é responsabilizado, neste momento, e será ainda mais fortemente responsabilizado no futuro.

Aplausos do MDP/CDE, do PS e do PCP.

Porque a Revolução do 25 de Abril não é um facto isolado, ela gerou-se e cresce em uníssono com a luta generalizada da libertação dos povos. E é tão forte o chamamento da nossa época que os ditadores caem com uma frequência inesperada e, a cada momento, nascem novos líderes dos movimentos de libertação.
A conservação da própria vida deixou de ter sentido para aqueles que assumem a causa do povo.
Em muitos países a Igreja apoia a liderança destes movimentos.
No Brasil, a Assembleia do Conselho Nacional dos Bispos aprovou, em Fevereiro passado, o documento da terra, condenando o capital monopolista e exortando a entrega da terra a quem a trabalha.

Vozes do MDP/CDE: - Muito bem!

A Oradora: - Também no Brasil, missas campais imensas rezadas com os metalúrgicos, pelo arcebispo de S. Paulo, marcam a participação activa da Igreja, através não só da palavra ou de actos humanos isolados, mas no exercício do próprio mistério da missa. A contrapartida já aconteceu, o arcebispo Oscar Romero foi morto no próprio altar onde celebrava, e tudo leva a crer que actos como estes se repetirão.
É louco o desespero dos que querem travar a marcha natural do homem!

Uma voz do PSD: - Hipócrita!

A Oradora: - Pese embora aos mestres da contra-revolução, o 25 de Abril acertou o passo pela marcha da Humanidade e por isso ele persiste e avançará.
Não só a nossa Constituição continua a ser a lei que expressa os ideais de Abril, como se verificou já que os mais altos órgãos de Soberania têm capacidade institucional e sentido de dignidade humana, para assegurarem a legalidade democrática e a independência nacional.
Neste 6.º aniversário do 25 de Abril, no amplo momento, de unidade de todos os democratas portugueses, que caminha braço dado com a solidariedade dos outros povos, que o MDP/CDE afirma hoje, como ontem, a sua certeza na democracia

I SÉRIE - NÚMERO 43

Neste 6.º anivesário do 25 de Abril, é urgente a unidade resultante do empenhamento individual dos democratas e das forças políticas que partilham a tarefa da construção de uma sociedade justa, participada, onde as relações democráticas substituam a prepotência, onde a realidade objectiva substitua os mitos e onde a segurança individual trilhe os caminhos da 1iberdade colectiva.
Neste 6.º aniversário do 25 de Abril, as forças conservadoras, antidemocráticas e mesmo reaccionárias terão a certeza de que, embora abrigadas à sombra dele, o 25 de Abril cada vez lhes escapa mais das mãos.

Vozes do PSD: - Olhe que, não!

A Oradora: - A forma eleiçoeira e medíocre com tonalidades de caciquismo fascista, com que o Governo da AD resolveu integrar-se nos festejos nacionais, distribuindo os membros do seu Governo pelos distritos do País, melhor dizendo, pelos círculos eleitorais, levando, cada um, um regaço de promessas e de inaugurações, é prova da sua incapacidade para se identificar com os ideais de Abril.

Aplausos do MDP/CDE, do PS e do PCP.

Protestos do PSD e do CDS.

Mas a Revolução dos capitães; abriu janelas que rasgam horizontes, e abrem para o futuro, ela foi não só a nessa Revolução - a revolução dos Portugueses -, mas também a revolução dos nossos irmãos africanos.
A vontade dos povos não se quebra e a história não recua. Abril vencerá.

Aplausos do MDP/CDE, do PS e do PCP.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra o representante do PPM. Sr. Deputado Luís Coimbra.

O Sr. Luís Coimbra (PPM): - Sr. Presidente da República, Sr. Presidente da Assembleia da República, Sr. Presidente do Supremo Tribunal de Justiça, Srs. Conselheiros da Revolução, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Sr. Cardeal Patriarca, Minhas Senhoras e Meus Senhores: 0 dia 25 de Abril é para nós, monárquicos do PPM, uma data histórica que representa a reconquista da esperança e da liberdade que há muito estava amordaçada.
Esperança e 1iberdade indispensáveis, antes de mais, à dignidade dos Portugueses como pessoas humanas e ao desenvolvimento social, económico e cultural das regiões e comunidades que constituem Portuga1 e são os objectivos prioritários por que luta o meu partido.
25 de Abril foi um passo importante na evolução histórica do nosso povo, que, mais uma vez, afirmou a sua vontade de querer ser o único responsável pelo seu futuro e de voltar a ser uma força viva ao serviço da Humanidade.
construção de uma nação não se faz sem suor, sangue e lágrimas, mas as conquistas que se vão realizando em prol do bem-estar de todo o povo e o persistente trabalho na obra de construção e valorização do território compensam bem aquele suor aquele sangue e aquelas lágrimas, o trabalho e os sacrifícios de toda uma comunidade.