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13 DE JULHO DE 1989 5183

Como V. Ex.ª disse - e bem -, na verdade, esta Assembleia nem sempre tem sido bem tratada e diria que nem sempre tem sido bem compreendida, talvez um pouco por nossa própria culpa, mas muito mais por culpa alheia. Assim, cabe-nos fazer todo o possível para que o povo português compreenda que este Parlamento é absolutamente indispensável à sua vida democrática, à sua liberdade e à sua forma de vida neste país.
Por último - perdoar-me-ão os Srs. Deputados dos restantes grupos parlamentares -, queria dizer que foi com alguma saudade que, da Tribuna do Governo, hoje vazia, vi partir um homem chamado António Capucho, militante do meu partido e ministro dos Assuntos Parlamentares, que connosco colaborou de forma inteiramente correcta, digna, leal e franca, merecendo, efectivamente, a saudade de todos nós.

Aplausos do PSD, do PS e do CDS.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado António Guterres.

O Sr. António Guterres (PS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em primeiro lugar, gostaria de me associar às palavras do Sr. Presidente em homenagem ao magnífico trabalho produzido pelos trabalhadores desta Casa.
Na verdade, o ritmo imprimido à vida parlamentar, muitas vezes, obrigou os trabalhadores desta Casa a um esforço verdadeiramente sobre-humano, tendo eles sempre correspondido com enorme generosidade que julgo dever ser sublinhada.

O Sr. António Vitorino (PS): - Muito bem!

O Orador: - Connosco temos apenas uma ilustre representante da comunicação social, mas creio que saberá transmitir aos seus colegas a nossa palavra de sentida homenagem pela forma como souberam acompanhar os nossos trabalhos, ao longo desta sessão legislativa.
Finalmente, gostaria de agradecer as palavras que o Sr. Presidente dedicou a todos os deputados, retribuindo-lhe, também, com sinceridade, os meus cumprimentos, extensivos a si próprio e a toda a Mesa. Em relação a todos nós, já que não tivemos uma remodelação, ao menos, tenhamos umas boas férias!

Risos do PS e do PCP. Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Narana Coissoró.

O Sr. Narana Coissoró (CDS): - Sr. Presidente, Srs. Deputados, Srs. Membros da Comunicação Social, Srs. trabalhadores da Assembleia da República: Naturalmente que as palavras do Sr. Presidente são as de todos nós, mas não ficaria bem se cada um dos partidos não agradecesse todo o labor produzido durante a sessão legislativa.
Nem todos pudemos obter do Parlamento tudo quanto desejaríamos, nem o conseguimos de nós próprios, nem conseguimos que a comunicação social tivesse transmitido, para fora deste Hemiciclo, tudo quanto desejaríamos.
Há limitações de todo o género, há críticas, freios e contrapesos de todo o género e nem sempre esta Assembleia tem sabido levar a sua mensagem ao exterior, a todos os cantos do País.
Por exemplo, o Governo queixa-se que não encontra maneira de levar a sua mensagem ao seu eleitorado e nós também podemos dizer o mesmo: não temos conseguido levar a nossa mensagem ao mesmíssimo eleitorado, o que significa que algo está mal. Se nem o Governo, com os poderosos meios de comunicação que tem ao seu dispor, nem a Assembleia da República, com os seus próprios meios, conseguem levar ao eleitorado as respectivas mensagens, é porque, no regime e no sistema, existem alguns bloqueios que temos que investigar e saber resolver para bem de todos os agentes da democracia.
Seja como for, este é um assunto que deixo à reflexão durante as férias para, quando voltarmos, podermos apresentar novas propostas a fim de vencer esses bloqueios.
Também queria agradecer a V. Ex.ª, Sr. Presidente, não só na qualidade de Presidente da Mesa e deste Plenário, o trabalho que tem desenvolvido no sentido das benfeitorias materiais nesta Casa.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Orador: - Este seu esforço é visível, bem como o empenho que V. Ex.ª vem pondo para que o nosso Parlamento atinja níveis, pelo menos satisfatórios, a fim de que o trabalho não se desenvolva penosamente, mas com um mínimo de conforto.
Por isso mesmo, também lhe estamos gratos por esse seu trabalho que sabemos quanto custa e, também, quanto custa reagir contra as burocracias paralizantes, vencer as resistências ancestrais para obter um lápis a horas ou um apara-lápis a "desoras"... Sabemos, realmente, quanto é gratificante chegarmos ao fim de uma sessão legislativa e vermos as benfeitorias levadas a efeito nesta Casa.
Igualmente por esse esforço, queremos agradecer ao Conselho Administrativo e a toda a estrutura dos trabalhadores desta Casa. Para todos vão as nossas melhores saudações.
Também quero deixar aqui uma palavra de saudade e de apreço pela boa camaradagem que nos proporcionou o Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, um "velho" parlamentar conhecedor de todos os cantos da Casa, um "lobo" da Assembleia da República que agora nos deixa, mas que, como o próprio afirmou, não passará de um "até já".

Aplausos do PSD.

O Sr. Presidente: - Para uma intervenção, tem a palavra o Sr. Deputado Barbosa da Costa.

O Sr. Barbosa da Costa (PRD): - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Em nome do PRD, gostaria de referir que estamos aqui para dignificar esta Instituição, à qual pertencemos por mandato conferido pelo povo português.
Estamos convencidos de que o trabalho desenvolvido foi positivo, embora muitos de nós não tivessem contribuído com tudo o que poderíamos e deveríamos ter contribuído, por razões que, como toda a gente já sabe, são estranhas a esta Instituição.