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4 DE MAIO DE 1990 2361

O Sr. Deputado quer saber quais foram os ministros que apresentaram grandes opções modernizantes e fez até uma alusão a ministros de antes do 25 de Abril. Nesse caso, Sr. Deputado, tem de perguntar ao Sr. Secretário de Estado Oliveira Martins porque em relação a isso não me lembro bem!...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Eu falei-lhe no pós-25 de Abril, Sr. Deputado!

O Orador: - Já me vou referir ao que se passou no pós-25 de Abril. Por enquanto apenas me referirei ao que se passou antes do 25 de Abril!
Os grandes lançamentos das grandes vias nacionais foram feitos aquando do governo do bloco central e iniciados por um meu camarada de bancada.

Risos do PSD.

E se querem confirmação, ela poderá ser dada pelo Sr. Ministro, que também eslava presente!

O Sr. Silva Marques (PSD): - Algumas obras foram lançadas no vosso tempo!

O Orador: - Não, Sr. Deputado, foram iniciadas! Mas, então, por que é que não foram desenvolvidas? Porque a "burra" da CEE ainda não tinha começado a dar o dinheiro... O que os senhores tem feito é um aproveitamento das finanças de que dispõem e não um lançamento de ideias novas.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Sr. Deputado, não se traia de peso - se se tratasse de peso os senhores eram muito maiores em número - mas sim de ideias! É por isso que os senhores vão perder este debate.

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - De facto, os senhores vão perder este debate, porque o Sr. Ministro é que compreendeu o problema de ideias. Os senhores tom de ser avisados na véspera das suas intervenções, porque não percebem...

Vozes do PS: - Muito bem!

O Orador: - Além disso, não sabiam que o Sr. Ministro vinha aqui anunciar estas medidas e não estavam preparados para tal. Estavam apenas preparados para que o Sr. Ministro atacasse o PS pela mania de este se referir a cinco faixas.
Não sei como é que se vai desenvolver o debate daqui ale ao fim,...

O Sr. Silva Marques (PSD): - Nilo fuja, Sr. Deputado!

O Orador: -... mas creio perceber que o Sr. Deputado Silva Marques vai levantar-se mais cinco vexes para defender a honra, uma vez que não tem outras soluções para apresentar.

Aplausos do PS.

O Sr. Presidente: - Sr. Ministro, havendo mais oradores inscritos para pedidos de esclarecimento, V. Ex.ª deseja responder já ou no termo?

O Sr. Ministro das Obras Públicas, Transportes e Comunicações: - No termo, Sr. Presidente.

O Sr. Presidente: - Então, tem a palavra a Sr.ª Deputada Leonor Coutinho.

A Sr.ª Leonor Coutinho (PS): - Sr. Ministro, relativamente à minha intervenção V. Ex.ª referiu-se à pintura da ponte.
Gostaria de alertá-lo para a estranheza de se gastarem 8 milhões de contos na pintura de uma ponte ao mesmo tempo que se vão realizar as obras de alargamento dessa mesma ponte.
Por outro lado, é estranho aquilo que referiu em relação à opção pela ferrovia pesada. Informe-se, Sr. Ministro, porque pode ser que tal medida tenha de levá-lo a adiar, mais uma vez, a decisão. Ora, gostaria que tal não acontecesse para o bem das pessoas que vivem quer de um lado quer do outro do rio Tejo.

O Sr. Presidente: - Para pedir esclarecimentos, tem a palavra o Sr. Deputado Maia Nunes de Almeida.

O Sr. Maia Nunes de Almeida (PCP): - Sr. Ministro, creio poder concluir da intervenção que acabou de fazer - e é importante que isso seja ressaltado - que foi revogada, para já, a opção do anterior Ministro das Obras Públicas, no que diz respeito à prioridade de lançar o alargamento do tabuleiro da ponte para as seis rodovias. Na verdade, parece-me ser este um passo importante, pois trata-se de uma questão que vinha a ser discutida. Eu próprio travei aqui um debate, há mais de um mês, com o Sr. Ministro Oliveira Martins, onde lhe coloquei essa questão, e nessa ai lura não havia essa ideia, que já é muito amiga, das cinco faixas rodoviárias. No entanto, ressalto isto por ser muito importante e principalmente por não inviabilizar a construção do tabuleiro rodoviário inferior.
Na medida em que há pouco tempo o Sr. Ministro tomou a responsabilidade do Ministério, não poderá, sem qualquer dúvida, ter já a resposta para tudo. Aliás, em matérias como esta é muito bom que se aprofunde o escudo e o conhecimento para que quando se aponte uma perspectiva ela seja dada com bases, como seja a da construção de uma nova ponte. E, por uma questão de lógica, essa nova ponte terá de sair ou do vértice da CRIL ou do vértice da CREL, pelo que será ou Sacavém ou Alverca!
Portanto, qual vai ser a função desta ponte? Vai ser uma função regional, suburbana ou a de ligação norte-sul? Parece-me que esta é uma questão de partida para também se articular o resto. Ou seja, como penso que é correcto que, tendo em conta esta ligação às cinturas regionais de Lisboa, tanto interior como exterior, a nova ponte deve ter, principalmente do ponto de vista rodoviário, uma função nacional.
Então, a questão que se coloca é a seguinte: qual vai ser a função da actual ponte? De facto, isto tem de ser articulado; não pode ser visto separadamente.
E se assim é, se a função da actual ponte deve ser principalmente suburbana, porque pensar-se em transportes como, por exemplo, o de mercadorias, em vez de se pensar no transporte de mercadorias através de uma ligação norte-sul por outra ponte e a actual ponte suburbana ter um transporte pesado, mas fino, do tipo metropolitano ou eléctrico rápido que ligasse a margem sul à