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23 DE SETEMBRO DE 1993 3269

António Fernandes da Silva Braga.
António José Martins Seguro.
António Luís Santos da .Costa
Artur Rodrigues Pereira dos Penedos.
Carlos Cardoso Lage.
Carlos Manuel Luís.
Edite de Fátima dos Santos Maneiros Estrela.
Eduardo Luís Barreto Ferro Rodrigues.
Eduardo Ribeiro Pereira.
Elisa Maria Ramos Damião.
Eurico José Palheiros de Carvalho Figueiredo.
Fernando Alberto Pereira Marques.
Gustavo Rodrigues Pimenta.
Helena de Melo Torres Marques.
João Eduardo Coelho Ferraz de Abreu.
João Rui Gaspar de Almeida.
Joaquim Américo Fialho Anastácio.
Joaquim Dias da Silva Pinto
Joel Eduardo Neves Hasse Ferreira.
Jorge Paulo Sacadura Almeida Coelho.
José Alberto Rebelo dos Reis Lamego.
José Barbosa Mota.
José Eduardo Reis.
José Ernesto Figueira dos Reis.
José Manuel Lello Ribeiro de Almeida.
José Manuel Oliveira Gameiro dos Santos.
José Manuel Santos de Magalhães.
José Paulo Martins Casaca.
José Sócrates Carvalho Pinto de Sousa.
Júlio da Piedade Nunes Henriques.
Júlio Francisco Miranda Calha.
Laurentino José Monteiro Castro Dias.
Leonor Coutinho Pereira dos Santos.
Luís Filipe Marques Amado.
Luís Manuel Capoulas Santos.
Maria Julieta Ferreira Baptista Sampaio.
Raúl d'Assunção Pimenta Rêgo.
Raúl Fernando Sousela da Costa Brito.
Rui António Ferreira da Cunha.
Rui do Nascimento Rabaça Vieira.
Vítor Manuel Caio Roque

Partido Comunista Português (PCP):

António Filipe Gaião Rodrigues.
António Manuel dos Santos Murteira.
Apolónia Maria Alberto Pereira Teixeira.
José Manuel Maia Nunes de Almeida.
Lino António Marques de Carvalho.
Luís Carlos Martins Peixoto.
Maria Odete dos Santos.
Miguel Urbano Tavares Rodrigues.

Centro Democrático Social

Partido Popular (CDS-PP):

Adriano José Alves Moreira.
José Girão Pereira.

Partido Ecologista Os Verdes (PEV):

Isabel Mana de Almeida e Castro.

Partido da Solidariedade Nacional (PSN):

Manuel Sérgio Vieira e Cunha

Deputado independente:

Mário António Baptista Tomé.

O Sr. Presidente: - Sua Majestade o Rei Hassan II de Marrocos, Srs. Embaixadores, Srs. Membros do Governo, Srs. Deputados, Minhas Senhoras e Meus Senhores: Na Sala do Senado, traçada na segunda metade do século XIX e decorada bem ao gosto deste período da nossa Monarquia Constitucional, e em reunião de Deputados especialmente convocados para a solenidade, a Assembleia da República recebe hoje, comias galas da sua praxe austera, Sua "Majestade, o Rei Hassan II de Marrocos.
Em nome da instituição parlamentar portuguesa, em meu nome pessoal e em nome dos Srs. Deputados, apresento a Sua Majestade as nossas saudações democráticas, agradeço a deferência da visita e exprimo o nosso desejo e voto de que goze de feliz estadia entre nós.
Perante Sua Majestade gostaria ainda de afirmar, na solenidade, desta circunstância, os nossos profundos sentimentos de amizade e de fraternidade para com o povo de Marrocos, manifestando à nobre e grande Nação marroquina e aos seus governantes os nossos votos de paz, de justiça e de prosperidade.
Nos últimos anos, as relações políticas, económicas e culturais entre Portugal e Marrocos vêm conhecendo um aprofundamento a todos os títulos significativo. No entanto - há que reconhecê-lo -, a cooperação entre os dois povos e Estados está longe do nível que todos desejaríamos que já tivesse sido atingido.
Em particular, é urgente impulsionar a cooperação parlamentar, depois que os dois Estados podem felizmente afirmar, através das suas instituições, a fé nas regras e valores da democracia e quando o processo democrático pluralista parece ter alcançado em ambos os vizinhos do mar do Algarve o desenvolvimento e a estabilização indispensáveis. Na cooperação, Portugal-Marrocos, o diálogo
Norte-Sul, de que tanto se fala e do qual tanto se espera ainda, poderá encontrar um dos seus eixos fundamentais e obter uma das suas mais lídimas e profícuas expressões.
Sinal e símbolo emblemático do incremento desejável da aproximação efectiva dos dois povos ficará a sen doravante, assim o creio, a visita com que Sua Majestade distingue hoje a Assembleia da República. Eis um voto que é, seguramente, partilhado por todos os Deputados e grupos parlamentares com assento nesta, Câmara.
Ninguém duvida que o aprofundamento da cooperação entre Portugal e Marrocos irá favorecer o aparecimento de novas e mais felizes oportunidades à realização dos interesses portugueses e marroquinos, actuais e futuros.
Mas a cooperação: internacional em referência tem ain-1 da o alcance mais largo, de prestar fidelidade ao legado cultural e civilizacional comum aos dois povos e de corresponder ao apelo de uma História que os fez conviver intensamente num mesmo espaço tem tonal (primeiro, na Península e, depois, no Magrebe), ora em paz relativa,, ora em guerra aberta, que se narra por, batalhas, recontros, invasões e cercos carregados de lances e- manhas guerreiras, mas onde também, de ambos os lados, sucessivas gerações, derramando com generosidade, galhardia e coragem o seu sangue, comprovaram a sua devoção aos ideais que orientavam os seus povos, governantes e líderes.
De facto, pode dizer-se que somos dois povos geminados pela História. Assim como a formação de Portugal se processou na lenta reconquista do território que os povos magrebinos (almorávidas, almóadas, etc.), em ondas sucessivas, vieram ocupar na Península Ibérica, assim também a unidade nacional, que é hoje Marrocos, se constituiu a partir da reacção religiosa dos xerifes sádidas àquela conquista dos "Algarves de Além-Mar em África" que, por