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3136 I SÉRIE - NÚMERO 91

clara e frontal, é nem mais nem menos do que o porta-voz do PS para a economia, o Professor Daniel Bessa.

Aplausos do PSD.

Protestos do PS.

O Orador: - Eu não sabia que o Professor Daniel Bessa era tão contestado na bancada socialista!

Aplausos do PSD.

E o que dizer de um partido que, em pleno período de recessão, negava a existência de empresas de sucesso, que tentava ridicularizar o PSD por visitar algumas delas, que se negou sempre a aceitar os desafios e os convites do nosso Grupo Parlamentar para nos acompanhar nessas visitas e que, a poucos meses das eleições, descobriu que, afinal, existem empresas de sucesso e desata a visitá-las freneticamente com pompa e circunstância?

Aplausos do PSD.

A conclusão, Srs. Deputados, é simples, mas é grave: as empresas de sucesso já existiam, só que não convinha ao PS reconhecê-las publicamente, porque a única coisa que então interessava ao PS era tentar avolumar e generalizar a crise, desqualificando o esforço dos que tinham sucesso, para continuar, apenas e tão-só, a atacar cegamente o Governo.

Protestos do PS.

Quem assim actua pode ser exímio na perfídia mas não tem seriedade de propósitos nem cultiva a honestidade política.

Aplausos do PSD.

E é a mesma forma de proceder e o mesmo tipo de métodos que o PS agora utiliza para abordar as questões de segurança. Primeiro, fala de insegurança para gerar mais insegurança, com uma leviandade e uma ligeireza absolutamente inaceitáveis. É a minha opinião!

Aplausos do PSD.

O Sr. Jorge Lacão (PS): - É falso! Essa é uma opinião muito alarve!

O Orador: - Segundo, não hesita, como tantas vezes tem sucedido, em atacar violentamente as forças de segurança e os seus agentes...

Vozes do PS: - Não é verdade!

O Orador: - ... quando estes cumprem a sua missão em termos tais que, muitas vezes, são prejudiciais ao seu prestígio e moral.

Aplausos do PSD.

Nunca se ouviu do PS uma palavra de apreço pelas actuações das forças de segurança, quando estas são constituídas por agentes, que são cidadãos, que também têm sentimentos e se moralizam ou desmoralizam, e que exercem uma função de elevado risco e de interesse colectivo, para a qual têm de ser motivados.

Aplausos do PSD.

Em terceiro lugar, a obsessão é tão grande e tão visível que já quase fazem passar a ideia de que em qualquer crime de rua a eventual não presença de um agente de segurança é mais condenável do que a atitude de um delinquente ou do criminoso.

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, sejamos razoáveis e tenhamos sentido de Estado. A segurança dos portugueses é demasiado séria para ser tratada de maneira tão leviana como tem vindo a ser. As eleições podem ser importantes mas não justificam tudo!
Importa, a este respeito, acrescentar que o líder do principal partido da oposição não veio hoje aqui fazer um discurso sobre o estado da Nação, o líder do principal partido da oposição veio aqui fazer um discurso de estado de necessidade: necessidade de dar o dito pelo não dito, necessidade de dizer que não prometeu quando tinha prometido, necessidade de mostrar que já estudou e sabe o que é o PIB, necessidade de negar que vai subir os impostos, necessidade de negar que vai aumentar o défice, necessidade de negar o despesismo que foi a sua conduta habitual até há bem pouco tempo. O líder do principal partido da oposição foi hoje aqui, em minha opinião, a negação de si próprio!

Aplausos do PSD.

Sr. Presidente e Srs. Deputados, temos uma concepção dinâmica da vida e da sociedade. Apreciar o que se fez, com espírito construtivo e dinâmico, exige perspectivar o que se vai fazer no futuro. A obra feita é, para nós, motivo de satisfação mas, sobretudo, garantia de poder pensar o futuro em bases sólidas e consistentes. Esta é a preocupação e a vontade do PSD. Há muito a fazer e muito esforço a realizar, mas governar é fazer opções e definir prioridades de uma forma clara e perceptível para os cidadãos.
Falar de tudo não é nosso hábito, dissertar sobre tudo, sem hierarquização de ideias e definição de prioridades é tarefa que deixamos a outros porque nisso são melhores do que nós; pela nossa parte, queremos ser claros e directos.
O futuro, para nós, assenta em três ideias-chave: competitividade, solidariedade e responsabilização.

O Sr. José Magalhães (PS): - São ideias novas...!

O Orador: - Competitividade, porque temos um objectivo estratégico: fazer com que Portugal acompanhe o grupo de países mais desenvolvidos da Europa integrando, em pleno, a terceira fase da União Económica e Monetária sem tergiversações nem dúvidas, com certezas e de forma clara.

Aplausos do PSD.

Este objectivo exige de nós que continue o combate à inflação, que se prossiga com a descida das taxas de juro, que se aumente a produtividade, que se faça o controlo rigoroso das contas públicas e do défice orçamental.
A este respeito, somos claros e directos: connosco não há hesitações; connosco não haverá cedências à facilidade; connosco não existirá, alguma vez, a tentação de trocar o que é estrutural pelo que é efémero e de conjuntura.

Aplausos do PSD.

Apostaremos, pois, no crescimento económico. Queremos crescer acima da média comunitária e temos condi-