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23 DE JUNHO DE 1995 3143

Sou co-responsável e desde sempre tenho dito e afirmado que pretendo apresentar-me aos portugueses como candidato a primeiro-ministro, portador da obra feita pelo Governo e com as minhas propostas para o futuro. É isso que vou fazer, porque tenho um sentido da responsabilidade que me obriga a assumir aquele que é o património do meu partido e o meu próprio património, enquanto agente político que dedicou o melhor que pode e soube as suas capacidades ao serviço do País, de Portugal.

Aplausos do PSD.

Em relação à questão da política do ambiente e do ordenamento do território, penso que agora não será altura de fazer a discriminação de todas as acções, propostas e medidas que foram executadas pelo Governo, mas quero dizer-lhe que se há política de ordenamento do território em Portugal pode ter a certeza de que se deve aos governos do PSD.

Aplausos do PSD.

Quanto à política de transparência, aquilo que eu disse, depois de aprovadas as leis sobre a transparência nesta Assembleia, foi que partilhava os méritos daquilo que foi conseguido com todos os partidos deste Parlamento. Não invoquei nem invoquei para mim os méritos dessa iniciativa, porque quando a tomei foi determinado pela minha convicção profunda de que é indispensável e imprescindível que todos nós possamos dar o nosso contributo para que a classe política seja credibilizada, porque não há desenvolvimento nem progresso nem futuro para Portugal se os portugueses não acreditarem nos políticos que têm e os políticos que têm somos todos nós que aqui estamos.

Aplausos do PSD.

O Sr. Deputado Mário Tomé viu nas minhas palavras uma atitude voluntarista e de esperança. Voluntarista não sou, mas sou voluntarioso: tenho vontade interior e determinação para fazer as coisas em que acredito.

O Sr. Mário Tomé (Indep.): - Não faça auto-elogios, porque não é nada disso!

Protestos do PSD.

O Orador: - Esperança também a tenho, porque acredito no futuro de Portugal, mas uma esperança que deve ser concretizada com realismo, com rigor e com credibilidade, que constituem o conjunto de qualidades...

O Sr. Mário Tomé (Indep.): - 15so é que falta!

O Orador: - A V. Ex.ª, porque tem muito menos votos do que nós!

Risos do PSD.

Sr. Deputado, não se substitua aos eleitores e aos portugueses; no dia 1 de Outubro veremos quem é que tem credibilidade! A minha convicção é que é a bancada do PSD, que vai mostrá-lo e os portugueses vão apoiar-nos no sentido de renovarmos uma maioria para continuarmos a construir o País, no qual tenho tanta esperança.

Vozes do PSD: - Muito bem!

Os senhores já diziam isso em Setembro de 1991 e viram-se os resultados!

Vozes do PSD: - Muito bem!

Sr. Deputado Carlos Carvalhas, verifico e constato, com agrado, que lê as minhas entrevistas - registo a ocorrência. Mas talvez o Sr. Deputado só tenha tido oportunidade de ler os títulos da entrevista, porque aquilo que eu aí disse foi exactamente o que o Governo tem dito, ou seja, que é desejável que haja mais polícias na rua, de forma gradual, e por isso é que estão a fazer-se reformas estruturais de organização da própria polícia. E as políticas que estão a ser desenvolvidas são, justamente, para conseguir que haja mais polícias de giro, mais polícias a fiscalizar e controlar as artérias das nossas cidades, em vez de estarem afectos a tarefas administrativas que não têm a ver com a preservação directa da segurança dos cidadãos.

Aplausos do PSD.

Em relação aos subsídios, o Governo tem programas, linhas de acção e inscrições orçamentais que permitira a atribuição de subsídios. Não sei exactamente a que caso é que V. Ex.ª se referiu, mas não vejo que o facto de algum membro do Governo ter procedido à atribuição de subsídios constitua qualquer anormalidade no regime democrático ou qualquer violação do direito orçamental português e daquilo que é a execução do Programa do Governo.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. Antunes da Silva (PSD): - É evidente!

O Sr. José Magalhães (PS): - É o "saco azul"!

O Orador: - Quanto ao vencer ou não a crise, o Sr. Deputado sabe que, mesmo nos períodos de maior progresso económico e desenvolvimento, é sempre possível encontrar empresas em dificuldade. Portanto, não se pode generalizar. Não se pode, a partir de um exemplo, fazer generalizações que são abusivas, porque a verdade é que a crise económica, em Portugal, está a ser ultrapassada, porque as indústrias de calçado, que V. Ex.ª referiu, estão a aumentar as suas exportações e Portugal tem aumentado as suas quotas em volume de exportação nos últimos dois anos.

Vozes do PSD: - Muito bem!

O Sr. António Guterres (PS): - Não é verdade, estão a baixar este ano!

O Sr. Ferro Rodrigues (PS): - O Sr. Ministro está mal informado!

O Sr. José Magalhães (PS): - Fale com o Daniel Bessa!

O Orador: - Sr. Deputado Jaime Gama, o Secretário-Geral do seu partido também fez umas perguntas, contando umas histórias, essas, de sacristia. No seu caso, V. Ex.ª preferiu contar histórias de guerra e de bandas de música!

Risos do PSD.

De resto, V. Ex.ª, a páginas tantas, quando estava a falar das forças armadas do império alemão, fez-me lembrar o contador de histórias que está no barco e vai ao fundo.