O texto apresentado é obtido de forma automática, não levando em conta elementos gráficos e podendo conter erros. Se encontrar algum erro, por favor informe os serviços através da página de contactos.
Não foi possivel carregar a página pretendida. Reportar Erro

3939 | I Série - Número 072 | 02 de Abril de 2004

 

Entretanto, reassumiu a presidência o Sr. Presidente, Mota Amaral.

O Sr. Presidente: - Tem a palavra a Sr.ª Ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas.

A Sr.ª Ministra dos Negócios Estrangeiros e das Comunidades Portuguesas: - Sr. Presidente, Srs. Deputados: Este debate não é uma mentira. O debate desta interpelação versou sobre uma questão que já foi debatida, que já foi discutida, que já foi analisada.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Oradora: - O Bloco de Esquerda não trouxe nada de novo. Trouxe um rosário de slogans panfletários. Este debate foi, de facto, uma inutilidade política.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Oradora: - Por outro lado, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o Bloco de Esquerda veio aqui com a sua arrogância do costume e falou de mentira.
O Bloco de Esquerda quer resumir o mundo a preto e branco, quer dividir os homens entre puros e impuros, quer reduzir uma questão da maior complexidade a um soundbyte demagógico de efeito fácil.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Oradora: - Este debate foi também um exercício de amálgama simplista e redutora.
Neste debate, o Governo teve ocasião de afirmar a sua política e, do confronto da discussão, consolidar as posições que tem vindo aqui a anunciar ao longo dos últimos meses sobre esta matéria.
Participámos com os nossos aliados no combate ao terrorismo e, ao contrário do que o Sr. Deputado Francisco Louçã disse no início do debate relativamente à minha hipotética solidão, devo dizer que eu não estou só, estou sustentada por uma maioria neste Parlamento.

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Oradora: - Estou sustentada por uma série de resoluções das Nações Unidas, que dão legitimidade política às nossas posições e à nossa presença no Iraque. Eu sei que estas questões são irrelevantes para o Bloco de Esquerda, mas não o são para nós,…

Vozes do PSD e do CDS-PP: - Muito bem!

A Oradora: - … porque o Bloco de Esquerda já disse que, independentemente de haver ou não resoluções das Nações Unidas, seria contra a participação neste projecto de criação de uma democracia no Iraque.

O Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares (Luís Marques Mendes): - Muito bem!

O Sr. Francisco Louçã (BE): - Chama-se petróleo!

A Oradora: - Para nós, repito, as resoluções das Nações Unidas não são irrelevantes.
Estou sustentada por esta maioria, pelas resoluções das Nações Unidas, pela companhia de 18 países europeus, por um conjunto de 35 outros Estados que participam politicamente nesta coligação e estou, ainda, sustentada pela vontade partilhada por toda a comunidade internacional de dar luta, sem trégua, ao terrorismo internacional.

Aplausos do PSD e do CDS-PP.

Trata-se de uma guerra que combatemos juntamente com os nossos aliados, mas que não foi declarada pela coligação. Recordo que a guerra foi declarada pela Al-Qaeda e é contra esta guerra que eu tenho a certeza de que todos nesta Casa, incluindo o Bloco de Esquerda, estão unidos, porque, no que diz respeito à nossa presença no Iraque, devo dizer-lhe, Sr. Deputado Francisco Louçã, que, usando uma frase sua, que subscrevo completamente, "a segurança é parte da liberdade em nome da liberdade".

Páginas Relacionadas
Página 3944:
3944 | I Série - Número 072 | 02 de Abril de 2004   Aplausos do PSD e do CDS-
Pág.Página 3944