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35 | I Série - Número: 003 | 22 de Setembro de 2007

O Sr. Primeiro-Ministro: — Acha que todos os que trabalharam no privado ou tudo o que tem a ver com o privado é completamente contra-indicado para ajudar seja no que for que diga respeito ao sector público.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Podem estar nos dois ao mesmo tempo?!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Aquando do último episódio em que o Sr. Deputado foi à televisão, notei uma grande alteração: o seu preconceito ideológico já não é contra todo o sector privado, é mais contra as grandes multinacionais e não contra os privados e proprietários individuais.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Não, aqui é só a NESTLÉ!

O Sr. Primeiro-Ministro: — A propósito do milho transgénico, o Sr. Deputado traçou uma nova linha política: «sim» contra as multinacionais, «não» contra os pequenos. É só contra os grandes.
Ó Sr. Deputado, a propriedade privada é tão importante num caso como no outro.

A Sr.ª Helena Terra (PS): — Exactamente!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Não transfira nem separe as coisas! Isto foi muito embaraçante, Sr. Deputado! Foi muito embaraçante para o Bloco de Esquerda!

Aplausos do PS.

O problema é, mais uma vez, o seu preconceito ideológico. Até lhe digo mais, Sr. Deputado: para quem chega aos 50 anos, isso já é uma canga ideológica insuportável.

Risos do PS.

Não sei como é que o Sr. Deputado ainda acredita nisso! E, nesse preconceito contra todas as pessoas que participaram no sector privado, lança imediatamente uma suspeita e uma intenção oculta de desviar do público para o privado os seus interesses.

O Sr. Francisco Louçã (BE): — Essa dos 50 anos é um recado do George Bush!

O Sr. Primeiro-Ministro: — Finalmente, Sr. Deputado Alberto Martins, este debate é da maior importância para o País. A matéria que diz respeito à modernização tecnológica da nossa Administração é não só fundamental, desde logo, para o prestígio do Estado, para prestarmos melhores serviços, para modernizarmos a Administração, para motivarmos os funcionários públicos mas também absolutamente essencial, como factor indispensável…

O Sr. Presidente: — Queira concluir, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e insubstituível, para a inclusão informática e é um dos instrumentos mais poderosos para se obter mais crescimento económico.
Os resultados que obtivemos são fruto do esforço e do trabalho de muita gente, são um orgulho para o País…

O Sr. Presidente: — Peço-lhe que conclua, Sr. Primeiro-Ministro.

O Sr. Primeiro-Ministro: — … e evidenciam que, ao fim de dois anos a falar, com persistência, do Plano Tecnológico, estamos agora a obter resultados, e quem os notou primeiro foi a comunidade internacional, e a Europa apresenta Portugal na linha da frente da modernização tecnológica.

Aplausos do PS.

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — E as respostas?! Não há respostas a dar?!

O Sr. Presidente: — Tem novamente a palavra o Sr. Deputado Alberto Martins.

O Sr. Alberto Martins (PS): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, este novo modelo de debate permitiu evidenciar algo que é muito transparente:…

O Sr. Agostinho Branquinho (PSD): — Correu mal!