40 | I Série - Número: 005 | 28 de Setembro de 2007
cinquentenário da erupção do vulcão dos Capelinhos (PS e PSD).
Peço ao Sr. Secretário que proceda à respectiva leitura.
O Sr. Secretário (Fernando Santos Pereira): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
Ocorre hoje o cinquentenário do começo da erupção do Vulcão dos Capelinhos, na ilha do Faial, nos Açores.
O drama das populações atingidas por essa grande catástrofe natural comoveu todo o Arquipélago e o País inteiro, passando mesmo para além fronteiras, apesar da escassez dos meios de comunicação social na época.
A rijeza e a tenacidade com que as vítimas do vulcão enfrentaram a sua desgraça foram verdadeiramente exemplares. Exemplar foi também a solidariedade que, de toda a parte, para elas convergiu, minorando os sofrimentos e ajudando na reconstrução.
Com casas e campos literalmente esmagados por um manto de cinza de vários metros de espessura, para muitas famílias só ficou aberto o caminho da emigração, tendo sido generosamente acolhidas na América, com activa participação das comunidades açoreanas já lá estabelecidas.
Por seu turno, os que ficaram conseguiram fazer brotar de novo, das marcas dantescas da destruição, os traços tradicionais da sociedade insular.
A lição desta tragédia persiste na memória colectiva dos Açores. E foi, de resto, incentivo determinante para que os órgãos de governo próprio democrático da Região Autónoma dos Açores enfrentassem, com determinação e espírito vencedor, apoiados pela solidariedade nacional e internacional, as ingentes tarefas de reconstrução dos estragos materiais causados pelos terramotos de 1980 e 1998. Os resultados em ambos os casos obtidos, aliás, sem recursos à emigração em massa, são trunfos notáveis do regime democrático e da autonomia constitucional dos Açores.
A Assembleia da República — emocionada com os sofrimentos dos açoreanos e das açoreanas derivados dos cataclismos naturais a que o Arquipélago é vulnerável, em virtude da sua situação geográfica e natureza geológica, e bem assim com a impressionante determinação com que elas têm sido enfrentadas — afirma solenemente a solidariedade de todo o povo português para com os esforços necessários à ultrapassagem das consequências de tais catástrofes e ao continuado desenvolvimento da Região Autónoma dos Açores.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação do voto que acaba de ser lido.
Submetido à votação, foi aprovado por unanimidade.
Srs. Deputados, segue-se o voto n.º 109/X — De congratulação pelos resultados obtidos pelos atletas portugueses nos mundiais de atletismo para pessoas com deficiência mental (CDS-PP).
Tem a palavra o Sr. Secretário para proceder à sua leitura.
O Sr. Secretário (Abel Baptista): — Sr. Presidente e Srs. Deputados, o voto é do seguinte teor:
A Selecção Nacional de Atletismo da Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Mental (ANDDEM) obteve a melhor prestação de sempre num Mundial de Atletismo INAS-FID ao arrecadar 17 medalhas (cinco de ouro, cinco de prata e sete de bronze).
No 6.º Campeonato do Mundo, que decorreu entre 17 e 22 de Setembro, em Fortaleza, no Brasil, a equipa lusa foi ainda campeã do mundo na competição masculina pela quarta vez consecutiva e vice-campeã na competição feminina.
Em destaque na comitiva lusa esteve o atleta Lenine Cunha, ao ganhar seis medalhas (quatro de ouro e duas de bronze), por bater o recorde mundial do heptatlo e ao fazer o máximo europeu no triplo salto (com 14,60 m). Por tudo isto, foi ainda agraciado pela organização com o prémio de Melhor Atleta do Mundial.
Ao obter desta vez 17 medalhas, a Selecção Nacional superou as anteriores participações em Mundiais.
Em 2003, em Camberra, tinha arrecadado 13 medalhas e em Tunes, em 2005, 15 medalhas.
Portugal sagrou-se campeão pela quarta vez consecutiva em masculinos, com um total de 299 pontos, deixando a 100 pontos de distância a Polónia. Já em femininos, Portugal foi 2.º, com 216 pontos, a apenas três pontos da campeã Polónia.
Os atletas portugueses deram, uma vez mais, provas de estarem à altura de poderem competir com as melhores equipas do mundo.
Assim sendo, esta participação e o resultado final dos atletas portugueses é, sem dúvida, motivo para que a Assembleia da República congratule toda a Selecção Nacional de Atletismo da Associação Nacional de Desporto para a Deficiência Mental como forma de glorificar o trabalho de cada atleta e a dinâmica de uma selecção que representa Portugal.
O Sr. Presidente: — Srs. Deputados, vamos proceder à votação deste voto que acaba de ser lido.