7 | I Série - Número: 022 | 5 de Dezembro de 2008
De facto, em 31 países europeus, passámos de 16.º lugar, em 2006, para 26.º, em 2008, ou seja, em dois anos caímos 10 lugares! Atrás de nós, encontram-se países como a Roménia, a Bulgária, a Croácia, a Macedónia e a Letónia.
Pior, Srs. Deputados, era impossível.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — É verdade!
A Sr.ª Regina Ramos Bastos (PSD): — O que estas estatísticas provam é o que já há muito sabemos.
Com o Governo socialista os cuidados de saúde em Portugal pioraram a olhos vistos.
O Sr. Paulo Rangel (PSD): — Sem dúvida!
A Sr.ª Regina Ramos Bastos (PSD): — E que diferença vai entre as promessas primaveris de 2005 e a triste realidade deste frio Outono de 2008! Em 2005, durante a campanha eleitoral, era só facilidades, tudo ia melhorar, os portugueses iam ter um Serviço Nacional de Saúde (SNS) com mais qualidade, iam ter maior acessibilidade aos cuidados de saúde e os serviços seriam mais próximos das populações.
Passados quatro anos, o balanço da acção do Governo do PS é desolador. Foram quatro anos de propaganda, de pseudo-reformismo, de insensibilidade social!
Aplausos do PSD.
Os cuidados de saúde estão mais distantes dos portugueses.
Quanto aos cuidados primários, o Programa do Governo prometia que, até ao final de 2006, pelo menos 2 milhões de utentes pudessem estar abrangidos por unidades de saúde familiar. Dois anos depois da data em que a referida promessa deveria ter sido cumprida, 200 000 portugueses continuam à espera.
Neste processo, mau para todos, as populações do interior do País têm sido ainda mais penalizadas, como o comprova o facto de os distritos da Guarda, Castelo Branco, Portalegre não terem nenhuma unidade de saúde familiar e de os distritos de Beja, Bragança e Vila Real só terem uma! Mas o Governo do PS reduziu também os horários de funcionamento de mais de uma centena de centros de saúde, encerrou cerca de 50 serviços de atendimento permanente, fechou mais de uma dezena de serviços de urgência e outras tantas maternidades.
O resultado é que os utentes dos serviços de saúde são obrigados a percorrer dezenas, quando não centenas de quilómetros para chegar a um serviço de urgência, tendo depois de esperar horas e horas em urgências congestionadas, à espera que alguém os atenda.
Mas estes apressados encerramentos também obrigam hoje as ambulâncias do INEM e dos bombeiros a andarem num corrupio a transportar os doentes.
Tudo o contrário do que a saúde precisa. A saúde precisa de segurança, proximidade e rapidez!
Aplausos do PSD.
O Governo socialista olha para estes valores com insensibilidade, indiferença e, até, irresponsabilidade.
O Sr. António Montalvão Machado (PSD): — É o costume!
A Sr.ª Regina Ramos Bastos (PSD): — Quanto ao INEM, por mais qualificados que sejam os seus técnicos e profissionais, não consegue e não pode responder eficazmente ao crescente número de pedidos de socorro que lhe são dirigidos, assim se multiplicando os casos em que a espera e a distância excessivas têm resultados dramáticos e escusados.
Já quanto às maternidades, a consequência foi a da transformação das ambulâncias em autênticos blocos de parto ambulantes, onde todas as semanas nasce uma criança em plena estrada.