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31 | I Série - Número: 061 | 26 de Março de 2009

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — Na verdade, o Provedor de Justiça fiscaliza a Administração e a Administração é dirigida pelo Governo. É este princípio que justifica que o Provedor deva ter uma clara independência crítica face ao Governo e á Administração;»

Aplausos do CDS-PP.

Sexto, se queremos resolver o problema, é inútil continuar com discussões passadas, à volta de nomes já propostos ou publicados. Devemos começar de novo, com um processo institucional e ordenado, com espírito de compromisso e abertura a todos. A nenhum português interessa já saber, neste caso do Provedor de Justiça, se «venceu» aquele nome do PS ou «ganhou» aqueloutro do PSD. Perdem todos, Sr.as e Srs. Deputados.

Aplausos do CDS-PP.

É por isso que o método proposto pelo CDS dá uma saída viável, até para os que são responsáveis pelo impasse.
Esta é, de forma concreta, a nossa ideia; este é o nosso contributo. Anotámos, de forma positiva, que partidos existem — nomeadamente, o PSD — que consideram a nossa proposta como construtiva; e outros, como o PCP ou o Bloco de Esquerda, que entendem que o centro da resolução desta questão deverá ser parlamentar, ou não será resolvida.

Vozes do CDS-PP: — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — O CDS deu um passo em frente, tomou uma iniciativa. É um método alternativo, que acentua o papel dos grupos parlamentares. A escolha é da responsabilidade democrática e igual de todos os Deputados,»

O Sr. Paulo Portas (CDS-PP): — Muito bem!

O Sr. Diogo Feio (CDS-PP): — » sem constrangimentos, sem capitulações e com vontade de servir. O impasse pode ser ultrapassado e a imagem do Parlamento ainda pode sair dignificada.
Neste dia em que se inaugura uma Sala de Sessões inovadora, que tal, Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados, o Parlamento inovar, inovar mesmo, inovar para melhor, nos métodos e nas essências, começando por esta questão do Provedor de Justiça?

Aplausos do CDS-PP.

O Sr. Presidente: — Inscreveram-se dois Srs. Deputados, para pedir esclarecimentos.
Tem a palavra, em primeiro lugar, o Sr. Deputado Bernardino Soares.

O Sr. Bernardino Soares (PCP): — Sr. Presidente, Sr. Deputado Diogo Feio, a questão que nos traz hoje a este Plenário renovado é, infelizmente, uma questão velha e, só neste último episódio, já tem vários meses.
O Sr. Deputado sabe bem — também apoiou esse pronunciamento — que há vários meses que o PCP demonstrou, na Conferência de Líderes, a sua incomodidade pela forma como o PS e o PSD estavam a conduzir este processo — ou, melhor, estavam a não conduzir este processo — a nenhum fim desejável.
É evidente que estes partidos entendem que a distribuição dos cargos públicos — e alguns dos mais relevantes, como é o caso — deve ser negociada como se fosse uma propriedade a repartir por ambos e nós não entendemos que assim seja. O Provedor de Justiça é um órgão constitucional da maior importância e que é decisivo para a defesa dos direitos dos cidadãos perante a Administração Pública, o Governo e o Estado.
É por isso que, em nossa opinião, ele deve ser alvo do mais amplo consenso no Parlamento — deve ser uma pessoa que tenha condições para desempenhar o cargo com grande elevação e isenção — , o que será tanto mais possível quanto maior for a abrangência dos que participam na construção desse consenso.