64 | I Série - Número: 075 | 2 de Maio de 2009
Mas no Arsenal do Alfeite existem sectores mais sensíveis e com experiência acumulada, como são as 
áreas do projecto e da formação, que deverão ser valorizados e colocados ao serviço do universo «Empordef» 
e, eventualmente, de outras empresas do sector que careçam da sua experiência e do seu saber. 
O nosso voto orienta-se, assim, para a definição de uma nova estratégia que vise modernizar o Arsenal, 
valorizar os seus departamentos mais especializados, colocando-os inclusivamente ao serviço de outras 
empresas. 
É esta a estratégia que deverá privilegiar uma visão moderna e competitiva da futura sociedade anónima, o 
que implica que os futuros gestores deverão tudo fazer para aproveitar o potencial humano existente e a 
experiência acumulada, apostando na captação de novos clientes. 
O nosso voto tem como objectivo dotar o Arsenal dos instrumentos necessários para evitar o plano 
inclinado da decadência em que se encontra e conduzi-lo a uma nova fase, integrado no grupo «Empordef». 
Daí que entendamos que deverá existir, no futuro, uma estratégia coordenada de apoio e investigação a 
todo o conjunto empresarial da defesa e associando-o à investigação produzida nas universidades. 
Por isso, também, entendemos desejável a localização de outras empresas do universo Empordef, no 
concelho de Almada, e associadas à Faculdade de Ciência e Tecnologia. 
Assim, o nosso voto contra e, em consequência, a aceitação das reformas introduzidas pelo Governo. 
Os Deputados do PS, Paulo Pedroso —  Ana Catarina Mendes —  Alberto Antunes. 
—— 
Relativa aos projectos de lei n.os 715/X (4.ª), 680/X (4.ª), 727/X (4.ª), 729/X (4.ª) e 741/X (4.ª) 
Votámos a favor dos projectos de lei acima indicados pelas seguintes razões: 
Consideramos que a via da rectificação, opção privilegiada pelo Partido Socialista para corrigir a lacuna 
relativa à não inclusão das normas contra-ordenacionais no Código do Trabalho em vigor, não se aplica à 
actual situação, uma vez que estão tipificados os casos em que a mesma pode ser usada como: correcção de 
lapsos gramaticais, ortográficos, de cálculos ou de natureza análoga, ou ainda em caso de divergência entre o 
texto original e o texto publicado, o que não corresponde ao caso presente. 
Para salvaguardar o risco de inconstitucionalidade da opção defendida pelo Partido Socialista, à 
semelhança de idêntica situação ocorrida em 1991, por ocasião da votação sobre a Lei da Greve, impõe-se a 
necessidade de uma Lei aprovada pela Assembleia da República. 
As Deputadas do PS, Teresa Portugal —  Eugénia Santana Alho —  Matilde Sousa Franco —  Maria Júlia 
Caré. 
—— 
Relativa ao texto final, apresentado pela Comissão de Assuntos Constitucionais, Direitos, Liberdades e 
Garantias, sobre a proposta de lei n.º 227/X (4.ª) e os projectos de lei n.os 604/X (4.ª) (PCP), 611/X (4.ª) (BE) e 
612/X (4.ª) (PCP) 
O Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda absteve-se na votação final global do texto final referente à 
proposta de lei n.º 227/X (4.ª) — Revê o regime sancionatório no sector financeiro em matéria criminal e 
contra-ordenacional, da autoria do governo, e aos projectos de lei n.os 604/X (4.ª), do PCP — Reforço do 
quadro sancionatório para o crime económico e financeiro, 611/X (4.ª), do BE — Cria juízos de competência 
especializada no combate ao crime económico e toma medidas para actualizar e reforçar o quadro 
sancionatório da criminalidade económica e financeira, e 612/X (4.ª), do PCP — Supervisão de instituições de 
crédito. 
O texto final consagra medidas positivas no que diz respeito ao combate ao crime económico e financeiro e 
à transparência dos movimentos de capitais. O texto consagra, ainda, a proposta, apresentada por este grupo