32 | I Série - Número: 001 | 16 de Setembro de 2010
Vozes do PS: — Ah!»
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Não me consta que o Governo seja parte no processo de revisão constitucional e, Sr. Ministro dos Assuntos Parlamentares, quero dizer-lhe que, queira ou não o Governo, este processo de revisão constitucional vai começar, nos termos da Constituição. Vai começar por nossa iniciativa e vai começar um debate na sociedade portuguesa, uma vez mais, como tem acontecido em muitas outras revisões constitucionais, com o Partido Social Democrata a lançar os temas que verdadeiramente importam para o futuro da sociedade portuguesa.
Aplausos do PSD.
Uma vez mais, Sr. Ministro, espero que os senhores tenham tempo de pensar bem no que andam a dizer e que não façam outra vez o País esperar, anos a fio, por soluções constitucionais, pagando todos nós, os portugueses, uma factura bem elevada pelas vossas indecisões, pelos vossos preconceitos e pelas vossas incapacidades,»
O Sr. Pedro Duarte (PSD): — Muito bem!
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — » como aconteceu na Revisão Constitucional de 1982 e como aconteceu na Revisão Constitucional de 1989, em que não se fizeram aberturas de sectores da actividade económica à iniciativa privada, em que não se liberalizou o acesso, por exemplo, à imprensa, em que não se permitiu o referendo. Tudo coisas tremendas, que iriam terminar com a sociedade democrática! Ficámos todos à espera, durante anos, do Partido Socialista, até que este pudesse compor a maioria constitucional requerida para fazer essas alterações!
Aplausos do PSD.
Mais uma vez, os senhores não aprenderam nada com isso.
Mas desta vez, Sr. Presidente e Srs. Deputados, o caso é mais grave, porque o que aconteceu durante este mês e meio foi uma operação, de que já não tinha memória, de absoluta intoxicação,»
Protestos do PS.
» com mentiras, com afirmações mentirosas por parte de altos responsáveis do Governo e do Partido Socialista sobre o nosso projecto de revisão constitucional.
Vozes do PSD: — Muito bem!
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Já agora, aproveito para dizer o seguinte: há pouco, o Sr. Deputado José Manuel Pureza acusou-nos de querermos acabar com a universalidade no acesso ao Serviço Nacional de Saúde. Ainda não deve ter tido tempo de ler o nosso projecto. Só vou ler a parte que interessa, o artigo 64.º, n.º 2, alínea a): «O direito à protecção na saúde é realizado através de um Serviço Nacional de Saúde universal e geral».
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — E?!»
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É nestes termos! É o que interessa: universal!
Protestos do PCP.
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Então e o resto?! Ficou qualquer coisinha!»