12 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010
É também um Orçamento de convicção e de confiança. Reforçando a consolidação das contas públicas e assegurando o financiamento, ele protege a economia portuguesa, pondo-a ao abrigo da especulação financeira — sem isto, nenhum outro objectivo pode ser alcançado. Protegendo a economia, protege o emprego, porque é o crescimento da economia que faz crescer o emprego; cuidando da sustentabilidade do Estado social, garante a acessibilidade e a eficiência dos serviços públicos constitutivos da democracia moderna, como a segurança social pública, a escola pública e o Serviço Nacional de Saúde; e, apostando na educação, na ciência, nas energias renováveis e na agenda digital, estimula a modernização da economia e da sociedade portuguesas.
Vozes do PS: — Muito bem!
O Sr. Primeiro-Ministro: — É, finalmente, um Orçamento de responsabilidade — esta é a marca deste Orçamento: responsabilidade na aprovação, com coragem e determinação, das medidas necessárias à situação que vivemos; responsabilidade na defesa do interesse nacional; responsabilidade no cumprimento das obrigações nacionais; responsabilidade na justa distribuição dos esforços de todos os portugueses!
Aplausos do PS.
Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Fazer a consolidação orçamental é uma condição necessária para vencermos as actuais dificuldades, porque é uma condição necessária para o financiamento da economia e a sustentabilidade do Estado social.
É por isso que o Orçamento do Estado para 2011 é um instrumento indispensável para responder às exigências do tempo presente. O Governo, pelo seu lado, conhece bem a sua especial responsabilidade, a responsabilidade de governar, a responsabilidade de agir, a responsabilidade de responder à crise com determinação, com coragem e com confiança.
É o que estamos a fazer e é o que faremos, mais uma vez, ao serviço de Portugal e ao serviço dos portugueses!
Aplausos do PS, de pé.
O Sr. Presidente: — Sr. Primeiro-Ministro, Srs. Membros do Governo, Sr.as e Srs. Deputados, nesta primeira ronda de pedidos de esclarecimentos, haverá 5 minutos para cada um dos grupos parlamentares, dispondo o Primeiro-Ministro, para responder, de igual tempo.
Tem a palavra o Sr. Deputado Miguel Macedo.
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Sr. Presidente, Sr. Primeiro-Ministro, confesso que foi penoso ouvir o Sr.
Primeiro-Ministro neste discurso, sobretudo porque, neste discurso, o Sr. Primeiro-Ministro persistiu numa estratégia de desresponsabilização do Governo.
O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!
Vozes do PS: — Ohhh»!
O Sr. Miguel Macedo (PSD): — O Governo, de acordo com o Sr. Primeiro-Ministro, nada tem a ver com a situação do País, a culpa de o País estar como está é dos mercados, é da crise internacional e, em último caso, é sempre da oposição.
O Sr. João Galamba (PS): — E do PSD!