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13 | I Série - Número: 020 | 3 de Novembro de 2010

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — Ora, Sr. Primeiro-Ministro, sejamos claros neste debate: começamos hoje a discussão deste Orçamento, um Orçamento que é um mau Orçamento! É um mau Orçamento para as pessoas, um mau Orçamento para as famílias, um mau Orçamento para as empresas! Em circunstâncias normais, este Orçamento teria o destino que merece: o «chumbo»! A verdade é que o Governo pôs o País «de calças na mão«»

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Muito bem!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — » e nós hoje não temos alternativa.

Protestos do PS.

É porque a alternativa, que era a de inviabilizar este Orçamento, era pior do que aquilo que vamos fazer neste Orçamento; a alternativa significava a bancarrota do País, mais sofrimento e mais dificuldades para os portugueses.

Aplausos do PSD.

Risos do PS.

E nós, Sr. Primeiro-Ministro, sabemos distinguir os planos: o plano do supremo interesse nacional e o plano da sobrevivência do Governo. Se fosse pela sobrevivência do Governo, o Governo não passava deste debate do Orçamento.

Vozes do PSD: — Muito bem!

O Sr. Miguel Macedo (PSD): — É porque, Sr. Primeiro-Ministro, o senhor e o seu Governo não têm emenda, nem perdão, como acabou de se ver pela sua intervenção. Os senhores levaram o País ao limite das suas capacidades e, com isso, este Orçamento vai penalizar, de uma forma absolutamente indiscriminada, os portugueses,»

Protestos do PS.

» que vão ser obrigados a fazer enormes sacrifícios para recuperar de uma situação a que os senhores deixaram o País chegar.
Em segundo lugar, o Sr. Primeiro-Ministro falou neste discurso em coragem, mas quero dizer-lhe que coragem não é apresentar este Orçamento; coragem era ter evitado a necessidade de apresentar este Orçamento!

Aplausos do PSD.

É porque, Sr. Primeiro-Ministro, a situação a que o País chegou, de facto, não deixa, hoje, alternativa. Este Orçamento não é um Orçamento de coragem; é apenas resultante de um estado de emergência, de um estado de necessidade.
E, Sr. Primeiro-Ministro, sejamos claros: coragem — e já lhe disse isto aqui — era o senhor, em 2009, não ter sacrificado as contas públicas, não ter deixado haver o regabofe que houve, por causa das eleições e por causa dos votos.

Aplausos do PSD.

Protestos do Deputado do PS João Galamba.