12 | I Série - Número: 055 | 24 de Fevereiro de 2011
O Sr. Heitor Sousa (BE): — Exactamente!
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Sr. Deputado, deixe-me dizer-lhe com toda a clareza: uma declamação como aquela que acaba de nos fazer, em que o Sr. Deputado aposta tudo, exclusivamente, na realpolitik,»
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Eu não disse isso!
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — » ç uma declamação que mostra bem a falta de alma, a falta de fidelidade a princípios, a falta de inspiração em valores que hoje norteiam, em matéria de política externa, o Partido Socialista.
O Sr. Heitor Sousa (BE): — Exactamente! Muito bem dito!
O Sr. Francisco de Assis (PS): — Eu não disse isso!
O Sr. José Manuel Pureza (BE): — Admito, Sr. Deputado, que os Srs. Deputados sintam um enorme fascínio pelo Futungo de Belas ou pela tenda do Sr. Coronel Kadhafi.
Protestos do PS.
Nós, aí, concretamente, não vos acompanhamos!
Aplausos do BE.
O Sr. Presidente: — Para proferir uma declaração política, tem a palavra o Sr. Deputado Amadeu Soares Albergaria.
O Sr. Amadeu Soares Albergaria (PSD): — Sr. Presidente, Sr.as e Srs. Deputados: Portugal enfrenta importantes desafios. A actual geração de decisores políticos tem como responsabilidade histórica resolver os graves problemas do presente e garantir o futuro das novas gerações de portugueses. Não devemos esquecer que os nossos jovens merecem e têm o direito a que lhes deixemos a oportunidade de virem a concretizar os seus sonhos e expectativas.
Conscientes do tempo que vivemos, não podemos deixar de escrever, nos próximos anos, uma história completamente diferente. Temos de criar riqueza, temos de gerar emprego e, neste caminho que queremos novo, não podemos deixar nenhum português para trás. É o que as pessoas esperam de nós. É o que fará com que voltem a acreditar na política e nos seus políticos.
Aplausos do PSD.
E, num tempo de grandes dificuldades, precisamos de boas ideias e de estarmos disponíveis, sinceramente disponíveis, para que estas possam surgir, por vezes, de onde menos esperamos.
O conceito de indústrias culturais e criativas integra um conjunto alargado de actividades que, habitualmente, se apresentam com grande diversidade entre si, mas que têm uma característica comum: estão suportadas na imaginação e na criatividade individual, associadas à habilidade a ao talento, e produzem riqueza e postos de trabalho, através da geração e da exploração de novos conteúdos e da propriedade intelectual.
Na realidade, vários são os estudos que têm revelado que as indústrias culturais e criativas têm um potencial económico importante e constituem um dos sectores mais dinâmicos da Europa. Contribuíram com cerca de 2,6% para o PIB da União Europeia e criaram empregos de qualidade para cerca de 5 milhões de pessoas na Europa a 27.