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17 | I Série - Número: 067 | 24 de Março de 2011

Por isso, aconteça o que acontecer hoje, aqui, durante esta tarde, nós todos, Governo e PS, sairemos daqui com a convicção de que cumprimos o nosso dever e estivemos à altura das nossas responsabilidades!

Aplausos do PS.

O Sr. João Oliveira (PCP): — Olhe para o País à sua volta!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — O mesmo não se pode dizer dos outros: uns, por sectarismo endémico, outros, por oportunismo circunstancial, preparam-se, aparentemente, para chumbar este projecto de Programa de Estabilidade e Crescimento.
Quero dirigir-me, especialmente, ao PSD, ao partido que tem, na nossa vida democrática, como incumbência primordial constituir-se numa alternativa séria e digna de poder, em Portugal. Quero dirigir-me ao partido que tem uma grande história na construção da nossa democracia e uma grande história na construção do nosso processo de integração europeia. E quero dizer uma coisa muito simples ao PSD: com o comportamento dos últimos dias, está, finalmente, a cair uma máscara que esteve presente durante toda esta Legislatura!

Vozes do PS: — Muito bem!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — O que move o PSD é o ressentimento, não é a esperança! O que move o PSD é a fraqueza, não é a força! O que move o PSD é o medo, não é a ambição!

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Se fosse assim, não estavam tão preocupados!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Hoje, podemos olhar para trás e perceber que, no passado, quando líamos ou procurávamos ler, no comportamento do PSD, em Orçamentos do Estado, em PEC, um comportamento responsável, não, não era o sentido da responsabilidade que lá estava, era o medo. Era o medo, na altura, de abrirem uma crise política,»

Aplausos do PS.

» era o medo de serem penalizados pela abertura dessa crise política, era o medo das sondagens. E sempre, por trás desse medo, o quê? O ressentimento! É porque, Srs. Deputados, hoje é muito evidente que o vosso problema original, nesta Legislatura, o vosso problema mais profundo foi o de que os senhores se recusaram sempre a aceitar os resultados eleitorais das últimas eleições legislativas.

Aplausos do PS.

O Sr. Luís Montenegro (PSD): — Os senhores é que falharam!

O Sr. Francisco de Assis (PS): — Por isso, estiveram sempre à espera de um primeiro momento, de uma primeira oportunidade para pôr em causa o Governo, de um primeiro pretexto para abrir uma crise política, independentemente das consequências dessa crise política em Portugal.
Agora, vêm falar de clarificação e, aparentemente, há uma evolução: finalmente, um acto de coragem de quem tinha sido dominado pelo medo. Não é verdade, Srs. Deputados! É ainda o medo a prevalecer, é o medo, agora, de quem olha para o interior do seu próprio partido e, porque tem medo de uma crise, prefere abrir uma crise no País, para não ser confrontado com uma crise no PSD!

Aplausos do PS.